Ordem de dissolução da antiga Igreja da Unificação no Japão

É a primeira vez que o governo toma a decisão de entrar com uma ordem de dissolução de uma organização religiosa.

Ministro Masahito Moriyama em coletiva de imprensa para anunciar a ordem de dissolução da igreja (NHK)

Em relação à questão em torno da então Igreja da Unificação, atual Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial, Masahito Moriyama, ministro da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão (MEXT), realizou uma coletiva de imprensa extraordinária na quinta-feira (12), após a reunião do Conselho das Corporações Religiosas. Disse que as ações dessa organização religiosa se enquadram em atos ilícitos de direito civil e prejudicam seriamente o bem-estar público, desde a década de 1980, por isso decidiram oficialmente solicitar uma ordem de dissolução.

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Nessa ocasião, o ministro anunciou que irá recorrer ao Tribunal Distrital de Tóquio na sexta-feira (13).

Da área de conhecimento da Agência para os Assuntos Culturais, houve 32 acórdãos que aprovaram os pedidos de indenização contra essa organização religiosa, de 169 vítimas que fizeram reivindicações aprovadas em primeira instância.

“A condição financeira da pessoa e da sua família se deteriora, o que causa um impacto negativo no futuro, pois os crentes ficam ansiosos por terem que doar dinheiro à instituição, causando danos nas relações familiares e também psicológicos graves. Isso força muitas pessoas a fazerem sacrifícios financeiros e emocionais, prejudicando a paz de suas vidas. As solicitações de doações foram realizadas como negócio ou atividades da então Igreja da Unificação”, explicou o ministro.

“Considerando que tais atos cometidos pela organização religiosa se enquadram em atos ilícitos de direito civil e os danos causados ​​são enormes, eles se enquadram nos fundamentos para ordenar a dissolução nos termos do Artigo 81, Parágrafo 1, Itens 1 e 2 da Lei das Corporações Religiosas”, explicou. Acrescentou que essa organização se desviou do propósito religioso.

O primeiro-ministro, Fumio Kishida, também afirmou que “fizemos uma análise rigorosa baseada em fatos objetivos”.

Esta é a primeira vez que o governo solicita a dissolução de uma organização religiosa sem um processo criminal na Justiça.

“Estamos confiantes de que não somos uma igreja que receberia ordem de dissolução pelo Estado. Planejamos fazer nossas reivindicações legais no tribunal”, publicou a organização religiosa mostrando postura de briga na Justiça.

Afinal, que organização religiosa é essa?

Placa na entrada da igreja com ordem de dissolução (NHK)

A antiga Igreja da Unificação, atual Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial, foi fundada pelo coreano Sun Myung Moon, conhecido como Reverendo Moon (falecido), com princípios cristãos. Ela se espalhou da Coreia do Sul, principalmente nos países da Ásia, e teve uma ramificação no Brasil.

As atividades dessa igreja vieram à tona depois que o japonês Tetsuya Yamagami, cometeu o crime de assassinato do então primeiro-ministro, Shinzo Abe, em Nara, durante um comício. Ele declarou para a polícia que essa organização religiosa destruiu a sua família, por isso, agiu com rancor, pensando que Abe tivesse ligação com ela.  

A mãe dele teria doado toda a herança da família para essa organização religiosa.

Depois desse crime, muitos filhos de crentes dessa entidade começaram a dar depoimentos do profundo sofrimento causado nas respectivas famílias e sua destruição.

Fontes: NHK e ANN

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Toyota e Idemitsu vão desenvolver baterias de veículos elétricos de próxima geração

Publicado em 13 de outubro de 2023, em Sociedade

A Toyota planeja colocar as baterias de próxima geração em uso prático no ano de 2027 ou 2028 enquanto ela visa alcançar rivais da China e dos EUA nas vendas de VEs.

O presidente da Toyota, Koji Sato (à esq.) e Shunichi Kito, presidente da Idemitsu (à dir.) – NHK

A Toyota Motor e a companhia de petróleo Idemitsu Kosan disseram na quinta-feira (12) que concordaram em trabalhar juntas para a produção em massa de baterias de estado sólido para veículos elétricos (VEs).

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A montadora japonesa planeja colocar as baterias de próxima geração em uso prático no ano de 2027 ou 2028 enquanto ela visa alcançar rivais da China e dos EUA nas vendas de VEs.

Em uma coletiva de imprensa em Tóquio, o presidente da Toyota, Koji Sato, disse que a colaboração combinará tecnologia de fabricação de materiais da Idemitsu e a tecnologia de produção em massa de baterias da Toyota em um esforço de escala integral para produzir em massa baterias em estado sólido.

As duas empresas “realizarão inovações que se originam no Japão”, disse Sato.

Montadoras em todo o mundo estão se apressando para desenvolver baterias de estado sólido, as quais usam eletrólitos em estado sólido ao invés do tipo líquido.

Fonte: Nippon

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