A Agência de Meteorologia do Japão (AMJ) apresentou a previsão dos próximos 3 meses, de novembro a janeiro de 2024.
Segundo a previsão, o inverno tenderá a ser mais quente do que o normal, com queda de neve igual ou inferior ao normal no lado do Mar do Japão e na região norte. Isso poderá afetar as estações de esqui e atrasar o florescimento das cerejeiras.
Isso se deve ao fenômeno Super El Niño. O prefixo ‘super’ foi acrescentado porque há uma tendência das águas do Oceano Pacífico, na região do Peru, ficarem mais quentes com o efeito El Niño, de 0,5ºC de diferença acima do normal.
Na primavera deste ano, a temperatura da superfície do oceano subiu 2,2ºC. Se continuar com esse aumento na casa dos 2ºC neste inverno, será a primeira vez em 47 anos que ocorrerá o Super El Niño. No passado só há 3 registros: em 1982, 1997 e 2014 a 2016.
Só para ter uma ideia do quanto o Super El Niño afeta as condições climáticas, em 11 de dezembro de 2015, portanto na entrada do inverno, a temperatura às 13h, em Shinbashi, Tóquio, foi de 23ºC. Em Owase (Mie), no mesmo dia a máxima do dia foi de 25,6ºC. Por outro lado, uma das torres do grande evento de iluminação em Kobe, o Luminarie, foi derrubada por uma rajada de vento em meio à tempestade.
A onda quente, que vem do Pacífico, pode ser chocar com a outra, fria, do lado do Mar do Japão, causando tempestade, inclusive de neve. Assim, o Super El Niño pode tanto elevar a temperatura como também causar nevasca repentina.
Fonte: NTV