Prédio na Faixa de Gaza bombardeado por Israel (Wikimedia Commons/Tasnim News Agency)
Israel anunciou o “segundo estágio” de sua guerra contra o Hamas, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alertando que a invasão terrestre da Faixa de Gaza será “longa e difícil” enquanto os riscos de um conflito mais amplo no Oriente Médio continuam.
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“Temos uma meta principal de combater o inimigo e garantir nossa existência”, disse Netanyahu em comentários transmitidos na TV a nível nacional.
Desde o ataque sem precedentes de 7 de outubro pelo grupo militante que deixou mais de 1,4 mil israelenses mortos, a questão foi como seria a resposta após as repetidas ameaças de Netanyahu para eliminar o Hamas.
Bombardeios repetitivos mataram milhares de palestinos, mesmo sob pressão de líderes mundiais e a ameaça de ataque sobre múltiplas frentes, Israel calibrou sua retaliação. Ele continua a negociar a libertação de cerca de 200 reféns.
Parece ser uma invasão furtiva. Mas o medo é de que grupos apoiados pelo Irã vão intensificar ainda mais ataques no Oriente Médio em resposta. Os aliados árabes de Washington na região, cujas populações são altamente sintonizadas na causa palestina, também alertaram sobre tensões mais amplas.
O presidente dos EUA, Joe Biden, já despachou dois grupos de porta-aviões e sistemas de defesa aérea para a região produtora de energia e colocou milhares de soldados em alerta.
Netanyahu, cujo próprio legado está em jogo, falou após Israel ter aumentado as operações em Gaza com tropas, tanques, artilharia e bombardeio aéreo intenso. A internet e comunicação foram cortadas em Gaza durante uma grande incursão onde tropas tomaram controle de parte do norte do território.
Falando em uma coletiva de imprensa, Netanyahu desmentiu a ideia de que a invasão a Gaza colocaria sob risco a vida de 200 reféns mantidos pelo Hamas, dizendo que “não havia contradição” entre a meta de libertá-los e destruir o Hamas, que é designado como um grupo terrorista pelos EUA e União Europeia (UE).
O ministro da Defesa Yoav Gallant disse que tropas israelenses estavam operando acima e abaixo do solo em Gaza.
O Hamas tem uma rede vasta de túneis usados para mover armamentos e homens e onde acredita-se que reféns estejam sendo mantidos.
Fonte: Bloomberg