O número de casos de sífilis congênita no Japão até agora neste ano alcançou uma alta recorde em meio a um aumento repentino nas infecções por sífilis entre adultos.
O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) anunciou que havia 32 novos casos de sífilis congênita em todo o país desde 4 de outubro.
Esse número excede o recorde anterior de 23 registrados em 2019, que era, naquele ponto, o número mais alto para um único ano desde o início da conservação dos registros no formato atual.
A sífilis é uma infecção bacteriana transmitida principalmente através de contato sexual. Ela é curável, mas se a infecção não é tratada, ela pode causar problemas graves no cérebro ou coração.
Se uma mulher se tornar portadora antes ou durante a gravidez, seu bebê pode ser infectado e nascer com anormalidades, e o risco de aborto ou natimorto aumenta.
Japão registra mais de 12 mil casos de sífilis
Casos de sífilis no Japão estão em alta nos últimos anos.
Desde 29 de outubro, mais de 12 mil casos foram reportados entre adultos neste ano. Essa é a taxa de aumento mais rápida desde que dados comparáveis se tornaram disponíveis em 1999.
Kei Kawana, professor chefe na Escola de Medicina da Universidade Nihon e especialista em sífilis, diz que as infecções devem ser tratadas antes da gravidez para evitar transmiti-la aos recém-nascidos.
“Mesmo se uma mulher passar por tratamento após perceber que está infectada com sífilis durante a gravidez, ainda há uma possibilidade de o bebê desenvolva sífilis congênita”, diz Kawana. “É importante tratar as infecções antes de engravidar”.
A sífilis congênita pode causar erupções cutâneas e anormalidades nos ossos logo após o nascimento.
Crianças infectadas podem desenvolver sintomas como inflamação nos olhos e perda auditiva em poucos anos, mesmo se elas não apresentarem sintomas quando são pequenas.
Fonte: NHK