Segundo o governo do Japão, por volta das 22h43 de terça-feira (21), a Coreia do Norte lançou um foguete com satélite, usando tecnologia de mísseis balísticos.
A Agência Central de Notícias da Coreia noticiou na quarta-feira (22) que o satélite Malligyong-1, lançado às 22h42, entrou em órbita com sucesso, às 22h54, embora o Ministério da Defesa do Japão (MOD) tenha dito que isso não foi confirmado.
Segundo o MOD, o foguete do satélite espião foi separado em várias partes, sendo que a primeira caiu fora da zona de lançamento prevista no Mar da China Oriental, aproximadamente 350 quilômetros a oeste da Península Coreana, por volta das 22h50.
A segunda parte, passou sobre a área entre a ilha principal de Okinawa e a Ilha Miyako por volta das 22h55, e por volta das 22h57, sobrevoou a zona econômica exclusiva (ZEE) do Japão, aproximadamente 1,2 mil quilômetros a sudoeste de Okinotorishima, nas Ilhas Ogasawara. Isso significa que caiu no Oceano Pacífico.
O lançamento gerou alerta de emergência emitido pelo J-Alert, às 22h46 somente para a província de Okinawa, deixando a população apreensiva. Às 23h15 foi emitido um segundo J-Alert informando que o “míssil” sobrevoou Okinawa e que foi cancelado o primeiro alerta.
Esse lançamento foi a terceira tentativa da Coreia do Norte este ano de colocar um satélite em órbita, após as frustradas em maio e agosto.
O governo do Japão afirma que não confirmou a entrada do satélite na órbita da Terra.
Os EUA e o Japão condenaram veementemente a Coreia do Norte pelo lançamento. A Casa Branca chamou a ação de “violação descarada” das resoluções das Nações Unidas.
O lançamento “aumenta as tensões e corre o risco de desestabilizar a situação de segurança na região e fora dela”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, em um comunicado.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que condenou o lançamento “nos termos mais fortes possíveis”.
“Já fizemos um forte protesto contra a Coreia do Norte”, disse ele.
Fontes: ANN, NHK, Nikkei, Yonhap News e Al Jazeera