O advogado da família disse que a cor da pele do menino pode ter representado um papel na condenação rígida (ilustrativa/banco de imagens)
Um menino de 10 anos do Mississippi, nos EUA, preso por urinar em público, foi condenado a 3 meses de prisão, cumprida em liberdade condicional, em uma decisão a qual advogados dizem ter sido influenciada pela cor de sua pele.
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Quantavious Eason foi algemado e “enjaulado” após um policial ter o visto urinando em um estacionamento perto de um escritório de advogados na pequena cidade de Senatobia em 10 de agosto deste ano, de acordo com sua mãe.
O menino ficou preso em uma cela entre 45 minutos e 1 hora, disse ela.
Na terça-feira (12), um Juizado da Infância transmitiu a sentença ao menino, exigindo que ele e sua mãe, LaTonya Eason, se apresentassem perante um juiz uma vez por mês.
Também foi exigido que a criança escrevesse uma redação de duas páginas sobre seu jogador de beisebol favorito, Kobe Bryant.
Carlos Moore, advogado da família Eason, disse que a prisão e subsequente condenação foi “injustificada”.
Moore disse que a cor da pele pode ter representado um papel na condenação rígida de Quantavious. “Meninos negros são demonizados e criminalizados desde jovens”, disse ele.
“Se tivesse sido um menino branco urinando discretamente ele nunca seria preso”.
Moore disse que a família tem a intenção de levar o caso “às mais altas alturas” do sistema de justiça criminal e apresenta-lo no tribunal federal, acrescentando: “Eles vão pagar a essa família o que ela tem enfrentado”.
“Meu filho não merecia isso. Nenhuma criança merece isso”, disse a mãe durante uma coletiva de imprensa. “Sentiria a mesma coisa se fosse o filho de outra pessoa”.
Em uma declaração no mês de agosto, o chefe do Departamento de Polícia de Senatobia, Richard Chandler, disse que foi “um erro de julgamento” levar a criança sob custódia quando sua mãe estava presente.
Ele disse que um dos cinco policiais envolvidos no incidente não estava mais trabalhando no departamento.
Fonte: The Independent