O consumo de carne de cachorro diminuiu na Coreia do Sul com o passar dos anos, mas ainda é disseminada entre gerações mais velhas (ilustrativa/banco de imagens)
O parlamento sul-coreano aprovou na terça-feira (9) uma lei que proíbe a venda de carne de cachorro, banindo a prática enfraquecida de séculos.
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A lei entrará em vigor após um período de tolerância para eliminar a indústria, encerrando efetivamente o comércio até 2027.
Ela foi aprovada por esmagadores 208 votos com duas abstenções no parlamento de câmara única, após aprovação do comitê de agricultura bipartidário na segunda-feira (8).
O consumo de carne de cachorro diminuiu na Coreia do Sul com o passar dos anos em meio a críticas de grupos de direitos dos animais e uma queda no apetite pela carne entre gerações mais jovens.
Entretanto, a prática ainda mantém significado cultural para gerações mais velhas, e a carne é servida em restaurantes.
O governo sul-coreano enfrentou reações negativas de criadores de cães para consumo quando apresentou o projeto de lei em novembro passado.
Criadores argumentaram que tirar a carne de cachorro dos menus em todo o país os privariam de seus meios de sobrevivência, e eles ameaçaram soltar dois milhões de cães em Seul se a lei fosse aprovada.
A nova lei foca em produtores ao invés dos consumidores, proibindo a criação e abate de caninos, assim como o comércio de carne de cachorro.
Violações seriam puníveis com até 3 anos de prisão ou uma multa de 3 milhões de wons (US$23 mil). Não há multas estipuladas ou termos de prisão para o consumo de carne de cachorro.
“Essa lei é destinada a contribuir para a realização de valores de direitos dos animais, a qual busca respeito pela vida e uma coexistência harmoniosa entre humanos e animais” encerra a legislação.
O governo forneceria suporte e compensação aos produtores e outros negócios que enfrentam fechamento ou transição devido a essa lei.
Fonte: The Independent