A província de Ishikawa, que foi severamente danificada pelo Terremoto na Península de Noto, abriga muitos estrangeiros, incluindo 3,5 mil estagiários técnicos, e há uma necessidade crescente de informações de suporte em seus idiomas nativos.
No entanto, como muitas rodovias continuam colapsadas, é difícil enviar intérpretes e as entidades relacionadas são forçadas a fornecer apoio remoto, por telefone e e-mail. O apoio aos trabalhadores estrangeiros com conhecimentos limitados da língua japonesa apenas começou.
São muitas as perguntas dos estrangeiros ilhados ou em situação difícil, como “Perdi meu emprego”, “Como estagiário técnico posso pedir transferência?” ou “O que devo fazer a partir de agora?”.
A sucursal de Toyama (província homônima) da Organização para o Treinamento Técnico dos Estagiários (OTIT), que cuida das 3 províncias – Toyama, Ishikawa e Fukui – vem recebendo uma série de ligações de órgãos supervisores todos os dias.
De acordo com a sucursal, no sistema atual, não se pode transferir o estagiário técnico para outra empresa ou indústria, a não ser por circunstâncias inevitáveis. Mas, no caso do recente terremoto, o governo ainda não deu sinal verde para isso.
Após o terremoto, a OTIT enviou e-mails para aproximadamente 60 organizações de supervisão dos estagiários técnicos na província de Ishikawa perguntando sobre a situação dos danos. Embora cerca de 60% tenham respondido até segunda-feira (15), o responsável analisou que “todos estão ocupados com suas vidas nos abrigos, o que os incapacita de compreender a situação detalhada”.
De acordo com a Divisão de Intercâmbio Internacional da Província de Ishikawa e outras fontes, dos 3.539 estagiários técnicos, 62 trabalham na área agrícola e 589 trabalham na indústria alimentícia. Há muitos em Noto que aprendem competências tradicionais, como a pesca, a criação de gado e a pintura em laca, por isso, vem recebendo muitas perguntas sobre a segurança deles por parte de seus familiares e como fazer para dar suporte.
Um responsável pelo Centro Multilíngue de Apoio a Desastres da província, que atualmente oferece aconselhamento em 20 idiomas, disse: “Não se pode criar uma disparidade no apoio por serem estrangeiros”.
Fonte: AgriNews