Os furacões estão se tornando tão fortes devido à crise climática que suas classificações deveriam ser expandidas para incluir uma tempestade de “categoria 6”, aumentando ainda mais a escala do padrão de 1 a 5, de acordo com um novo estudo.
Na última década, cinco tempestades teriam sido classificadas nessa nova categoria de força 6, disseram pesquisadores, a qual incluiria todos os furacões com ventos sustentados de 308Km/h ou mais.
Tais megafuracões estão se tornando cada vez mais prováveis devido ao aquecimento global, descobriram estudos, devido ao oceano e atmosfera mais quentes.
Michael Wehner, cientista no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley nos EUA, disse que “308Km/h é provavelmente mais rápido do que a maioria das Ferraris, é difícil até de imaginar”.
Ele propôs a nova categoria 6 junto com um outro pesquisador, James Kossin da Universidade de Wisconsin-Madison. “Ser pego nesse tipo de furacão seria mau. Muito mau”.
O novo estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, propõe uma extensão da escala de furacões amplamente usada chamada Saffir-Simpson, que foi desenvolvida no início dos anos 1970 por Herbert Saffir, um engenheiro civil, e Robert Simpson, meteorologista que foi diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA.
Wehner disse que a Saffir-Simpson era uma medida imperfeita de escala dos perigos representados para as pessoas por um furacão, os quais vêm em sua maioria de chuva severa e inundações costeiras ao invés dos fortes ventos em si, mas que uma categoria 6 destacaria os riscos aumentados trazidos pela crise climática.
“Nosso principal propósito é aumentar a conscientização de que a mudança climática está afetando as tempestades mais intensas”, disse ele.
Fonte: The Guardian