Medicamentos para tratar disfunções eréteis como o Viagra podem estar reduzindo inadvertidamente as chances dos homens desenvolver Alzheimer, sugere pesquisa.
O Alzheimer’s Research UK chamou as descobertas de “encorajadoras”, dizendo que a chance de reutilizar medicamentos para combater a condição poderiam ajudar a “acelerar progresso e abrir novas maneiras para prevenir ou tratar doenças que causam demência”.
Entretanto, a instituição disse que mais pesquisa é necessária para confirmar os resultados e examinar o impacto que os medicamentos podem ter sobre as mulheres e outros.
No estudo, publicado no jornal Neurology, Universisty College London (UCL), especialistas examinaram os registros médicos de 269.725 homens com idade igual ou superior a 40 anos, com uma média de 59, que foram diagnosticados com disfunção erétil entre 2000 e 2017.
Para mais da metade dos que participaram do estudo foi prescrito um tipo de medicamento conhecido como PDE5I (inibidores da fosfodiesterase tipo 5), os quais incluem Viagra, Cialis, vardenafila e avanafila.
Em um período de seguimento de 5.1 anos, 1.119 dos homens foram diagnosticados com Alzhemier.
Análises estatísticas da UCL descobriram que os homens que tomaram os medicamentos tinham 18% menos probabilidade de desenvolver a doença comparados àqueles que tinham disfunção erétil, mas não tomaram os remédios.
A autora líder, a Dra. Ruth Brauer, da Escola de Farmácia da UCL, disse: “Embora estejamos progredindo com novos tratamentos para a Alzheimer os quais trabalham para liberar placas amiloides no cérebro para pessoas nos estágios iniciais da doença, precisamos desesperadamente de tratamentos que podem prevenir ou atrasar o desenvolvimento da doença.
“Mais pesquisa é necessária para confirmar essas descobertas, aprender mais sobre os benefícios e mecanismos em potencial desses medicamentos e estudar a dosagem ideal.
“Um teste aleatório e controlado com participantes do sexo masculino e feminino é necessário para determinar se essas descobertas se aplicariam às mulheres também”.
A Dra. Leah Mursaleen, chefe de pesquisa da Alzheimer’s Research UK, disse que “desenvolver medicamentos para doenças como a Alzheimer é um processo dispendioso e que pode levar muitos anos”.
Fonte: News Sky