Os resultados de uma investigação externa realizada em todos os funcionários do Corpo de Bombeiros de Matsusaka, na província de Mie, onde ocorreram uma série de escândalos, foram anunciados nesta terça-feira (13).
Um total de quatro casos de assédio moral e sexual foram confirmados recentemente, e o sindicato tomou medidas disciplinares, incluindo redução de salário, contra os seis funcionários envolvidos. Levando a sério a responsabilidade pela administração e supervisão de uma série de escândalos, o sindicato também tomou medidas disciplinares contra o chefe dos bombeiros e sete outros, elevando o número total de funcionários advertidos para 33.
O prefeito da cidade de Matsusaka, Masato Takegami, pediu desculpas, dizendo: “Consideramos isso como o primeiro passo para restaurar a confiança em nossa organização”.
Em 2022, houve uma série de furtos, invasões de domicílio e roubos por parte dos bombeiros, atos sexuais entre funcionários na instituição e fraudes contra colegas.
Em resposta, o sindicato formou uma equipe de investigação composta por advogados externos e outros especialistas, e realizou uma pesquisa com todos os 292 bombeiros, excluindo os novos funcionários, de maio a novembro de 2023. A equipe perguntou se houve algum comportamento inadequado ou assédio no local de trabalho, se houve empréstimo de dinheiro entre os membros da equipe, bem como qualquer insatisfação com a organização e áreas para melhoria.
Como resultado, foram descobertos novos atos problemáticos de funcionários do sexo masculino em todos os casos, inclusive atos violentos, como um supervisor que bateu na cabeça de um subordinado, vários supervisores obrigaram jovens funcionários a ficarem sem roupas.
As constatações também revelaram quatro casos menores de assédio de poder que não estavam sujeitos a ação disciplinar, e os três funcionários envolvidos receberam advertências por escrito.
Yoshiaki Matsumoto, 59, supervisor de segurança contra incêndios, recebeu um corte salarial de 10% por três meses, o vice-diretor do corpo de bombeiros e quatro outros receberam cortes salariais por 2 meses, enquanto o chefe do corpo de bombeiros e dois outros receberam uma ação disciplinar de advertência. Também foi anunciado que o prefeito Takegami, que é presidente do sindicato, e o vice-prefeito de Matsusaka, e os prefeitos das cidades de Taki e Meiwa se recusarão a receber remuneração do sindicato para o ano fiscal atual.
Para evitar que isso ocorra novamente, o sindicato estabeleceu um esquema para lidar com denúncias feitas por funcionários, e fará uma reforma trabalhista para estabelecer novos pontos de contato para denúncias em órgãos administrativos durante o ano fiscal atual.
Em uma coletiva de imprensa no mesmo dia, o prefeito Takegami disse: “Há um problema com a organização e a atmosfera do local de trabalho, e não com as qualidades de cada funcionário. Quero fazer mudanças adequadas e recuperar a confiança”.
Fonte: Yomiuri