Holerite de um funcionário (foto original de Jun OHWADA, com tarjas sobre os dados confidenciais, via Flickr)
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MLIT) anunciou na quarta-feira (27), o levantamento estatístico básico da estrutura salarial de 2023, da média mensal dos trabalhadores em tempo integral, sem incluir férias e horas extras.
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O salário mensal médio levantado foi 318.300 ienes, o mais alto de todos os tempos, mostrando um aumento de 2,1% em relação a 2022, sendo que foi a taxa mais elevada em 29 anos, de 2,6% desde 1994.
Por escala de porte das empresas, as pequenas e médias aumentaram os salários em cerca de 3%, ultrapassando os das grandes.
As empresas de médio porte (100 a 999 trabalhadores) aumentaram 2,8% face ao ano anterior e as de pequeno porte (10 a 99 trabalhadores) subiram 3,3% comparados a 2022. Por outro lado, as grandes empresas (mais de mil trabalhadores) reduziram em 0,7%.
Um funcionário do MLIT explicou: “À medida que as empresas se recuperam da pandemia do coronavírus, o número de trabalhadores não regulares que recebem salários mais baixos do que os regulares aumentou, principalmente na indústria da transformação, o que empurrou para baixo o números para grandes empresas como um todo”.
Disparidade entre trabalhadores do sexo feminino e masculino
Na análise dos dados, um trabalhador iniciante, com menos de 19 anos, recebe em média 192,9 mil ienes mensais de salário, enquanto um funcionário na faixa dos 55 aos 59 anos ganha 429,3 mil ienes.
Mas, ao voltar o olhar para as diferenças salariais por faixa etária e sexo, o Japão continua a ter disparidade. Uma funcionária na faixa dos 50 aos 54 ganha em média 302 mil ienes mensais enquanto o colega do sexo masculino recebe 473,6 mil ienes em média, se for em uma grande empresa. Em uma empresa de pequeno porte, na mesma faixa etária, são 364,9 mil ienes contra 268 mil ienes, respectivamente para homens e mulheres.
Escolaridade: quanto mais elevado melhor o salário médio
Em relação à escolaridade, um trabalhador, independente do sexo, ganha mais se tiver formação universitária completa, de média salarial mensal de 473,5 mil ienes nessa mesma faixa etária.
Se for pós-graduado, a média sobe para 609,5 mil ienes, praticamente o dobro de quem é formado apenas no colegial (319,7 mil ienes). Isso mostra que quanto maior o nível de escolaridade, melhor o salário no decorrer da carreira.
Segmentos com os salários mais altos e os mais baixos
No olhar para os segmentos industriais, os melhores salários médios são:
- 410,2 mil ienes mensais para a indústria da eletricidade, gás, fornecimento de calor e água
- 396,6 mil ienes para pesquisa acadêmica, serviços profissionais e técnicos
- 393,4 mil ienes para instituições financeiras e de seguros
- 381,2 mil ienes para informação e comunicação
- 377,2 mil ienes para educação e apoio à aprendizagem
- 366,7 mil ienes para mineração, pedreiras, cascalho e indústria de extração
- 349,4 mil ienes para construção
- 306 mil ienes para a indústria da transformação, além de outros segmentos
Os trabalhadores das indústrias de serviço como hospedagem, bares & restaurantes, entre outros, são os que têm média mais baixa, na faixa de 259,5 mil ienes.
Fontes: MHLW e Asahi