Foto meramente ilustrativa de carteira com cédulas de 10 mil ienes (PM)
A valorização do dólar americano, o aumento de preços do petróleo (e consequentemente de seus derivados) e a média Nikkei que está variando para baixo, são o retrato econômico atual do Japão, por causa de influências externas também.
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A moeda japonesa ainda mais desvalorizada, chegando a ¥155 por dólar americano, preocupa os investidores. Além disso, o conflito no Oriente Médio afeta o preço do barril de petróleo, o qual é pago em dólar. Portanto, quanto mais o iene enfraquece, mais é preciso desembolsar.
Se os preços do petróleo bruto continuarem a subir, existe o risco de aumento dos custos de importação de energia pressionar o desempenho das empresas nacionais, criando um ciclo vicioso que fará com que os preços das ações caiam ainda mais.
Gás e energia elétrica deverão ficar mais caros
O governo deverá deixar de subsidiar os custos do gás e da eletricidade em junho. Em maio o subsídio atual será reduzido pela metade. Assim, os consumidores arcarão com o valor cheio, afetando o orçamento doméstico.
Uma família, supondo que seja de 4 pessoas, irá passar a pagar 1,4 mil a mais na conta de energia elétrica e ¥450 a mais na conta do gás. Mas, o aumento da eletricidade já vai ser visível na fatura de abril, de cerca de 800 ienes, por causa da elevação da taxa para a promoção da difusão da energia renovável.
Em relação aos combustíveis como a gasolina, por exemplo, o governo continuará com o subsídio para aliviar a carga ao consumidor final.
Se os fabricantes de diversos produtos, que usam derivados de petróleo, resolverem repassar o custo ao consumidor final, é possível que sejam aumentados os preços de inúmeros itens do dia a dia, que usam embalagens plásticas e outros materiais.
Desembolso de mais de 100 mil ienes
Ao fazer um cálculo simples, se o câmbio continuar nesse patamar nunca visto nos últimos 34 anos, se o barril do petróleo continuar subindo, se os alimentos continuarem caros, cada família terá que desembolsar mais de 110 mil ienes por ano para manter o orçamento doméstico.
O índice de preços ao consumidor de março subiu 2,6%, porque os alimentos – incluindo carnes, pescados, hortaliças e produtos alimentícios – estão com preços mais elevados em 4,8%, em pelo menos 107 itens.
Diante dessa situação, quem arca com o fardo é consumidor final. Para manter o mesmo padrão de vida terá que ter habilidades para reduzir os gastos em compras de artigos considerados supérfluos.
Fonte: FNN