Foto meramente ilustrativa de um casal de idosos (PM)
Na segunda-feira (13) o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) informou que está propondo uma revisão no sistema de pensões do seguro social, em relação à contribuição dependendo da família e também dos valores que receberá no futuro ao se aposentar.
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“Será uma prioridade máxima na reforma previdenciária do próximo ano”, informou o ministério.
A Subcomissão de Pensões do Conselho de Segurança Social, um órgão consultivo do MHLW está propondo uma forma mais abrangente, considerando o contribuinte sozinho, quando o casal trabalha junto e na situação da esposa dona de casa. O objetivo é responder à diversificação da composição familiar e dos estilos de trabalho para facilitar a visualização do montante da pensão que irá receber depois de aposentado.
Os montantes em relação à pensão pública são revistos todos os anos com base nas alterações nos preços e salários, e varia dependendo da composição do agregado familiar e do rendimento durante os anos de trabalho.
Quando o ministério anunciava o valor da pensão para o próximo ano fiscal em janeiro de cada ano, considerava uma família com rendimento médio do marido que trabalha por 40 anos e da esposa que é sua dependente pelo mesmo período.
A comissão apresentou um total de 25 padrões, com um intervalo de rendimento que varia entre 0,75 vez e 1,25 vez o rendimento médio, não só para agregados familiares onde um dos cônjuges trabalha, mas também para os com rendimentos duplos e unipessoais (solteiros).
Num agregado familiar onde apenas o homem trabalha com rendimento médio, se tiver entre 65 e 68 anos, receberá 230.483 ienes por mês no ano fiscal de 2024, mas num agregado familiar com rendimento duplo onde ambos os cônjuges auferem o rendimento médio, o casal receberá 294.977 ienes por mês. Para os solteiros, o recebimento varia de acordo com o sexo, por causa das contribuições ao longo dos 40 anos.
O valor da contribuição é calculado pela renda anual para as pensões do seguro social, tanto para o shakai hoken (assalariado) quanto para o kokuho (kokumin kenko hoken), voltado para os autônomos e agricultores. E essa contribuição é obrigatória, no período da faixa etária dos 20 aos 60 anos, no mínimo.
Ou seja, quanto mais tempo de contribuição da pensão pública tiver, melhor o valor mensal da aposentadoria.
Tabela elaborada pelo jornal Yomiuri e traduzida pelo PM, mostra o valor mensal da aposentadoria para quem contribuiu por 40 anos
Por que contribuir para a pensão pública ou koteki nenkin (公的年金)
A contribuição não é só pensando no futuro, após a aposentadoria até o fim da vida, mas também para os casos de invalidez, morte (beneficiar os dependentes) e, por mais que tenha feito poupança ao longo da vida adulta, nunca se sabe se será suficiente para manter a vida no futuro.
É como se fosse uma poupança pensando no sustento quando estiver na terceira idade. E com a longevidade dos tempos atuais, se a pessoa se aposentar aos 65 anos poderá receber até morrer, ou seja, mais ou menos 35 anos, considerando que há muitos centenários.
O que contribuiu no Japão soma no Brasil caso queira se aposentar lá
“O Acordo Internacional firmado entre o Brasil e o Japão tem por objetivo a garantia dos direitos aos trabalhadores brasileiros que estão no território estrangeiro e aos trabalhadores estrangeiros que estão no território brasileiro quanto aos direitos previdenciários”, diz o texto referente ao acordo de bilateralidade entre o Brasil e Japão, em relação à aposentadoria.
Portanto, todos os valores contribuídos no Japão poderão somar aos que já contribuiu no Brasil ou para quando retornar ao país de origem e continuar trabalhando. Por isso, a importância de recolher no Japão.
Fontes: Nikkei, Yomiuri, MHLW e Gov. BR