Um boneco amarelo retangular de cerca de 7cm oscila de um lado para outro, sacudindo seus braços gelatinosos enquanto faz uma saudação amigável, com seu corpo em uma xícara.
“Olá. Eu estava ansioso para falar com você hoje”, diz o boneco, que foi desenvolvido com sucesso por Yoshihiro Nakata, professor associado de robótica na Universidade de Eletrocomunicações e sua equipe de pesquisadores.
O boneco bambo não é apenas um doce mastigável com sabor de maçã, mas também o primeiro “robô comestível” do mundo.
Enquanto a parte comestível do robô seja apenas um doce mastigável com base de gelatina, ele é alimentado por robótica a partir de sua base para oferecer a ele sua qualidade realística.
Com pequenos pontos pretos para os olhos, o corpo comestível do robô está acoplado a um parafuso de metal de aço inoxidável dentro de uma xícara com impressão 3D.
Câmaras dentro da goma preenchidas com ar se conectam a um tubo pneumático na base do aparato para ajustar a criatura em movimento, enquanto o áudio vem de um alto-falante conectado ao dispositivo.
Mas qual o intuito disso? A meta, diz Nakata, é oferecer robôs comestíveis como uma “nova experiência culinária”.
Nakata foi parcialmente inspirado pelo personagem Anpanman, um quadrinho de super-herói japonês e anime bem conhecido pelas crianças que tem a forma antropomorfizada de uma cara de pão recheado com pasta de feijão.
Por toda a série, o Anpanman geralmente se sacrifica pela fome de seus colegas ao arrancar partes de seu rosto para alimentá-los. Para Nakata, isso captura a ideia de mudar as percepções das pessoas através da comida, o conceito condutor por trás de seu projeto.
“Quando o Anpanman arranca pedaços de seu rosto e o oferece a alguém, isso é representado como ter um gosto ainda melhor do que o normal, e oferecendo energia às pessoas”, disse ele, enfatizando que ele acredita que a maneira que as pessoas interagem com a comida pode causar mudanças em seus sensos de degustação e textura e produzir diferentes efeitos psicológicos e cognitivos.
Para a pesquisa, Nakata colaborou com pesquisadores da Universidade de Osaka e também atraiu inspiração da prática culinária tradicional japonesa de “odorigui” (algo como comida dançante) que envolve consumir frutos do mar vivos enquanto eles se movem.
Fonte: Mainichi