No mercado de câmbio de Nova Iorque, Estados Unidos, na quinta-feira (20), horário local, a moeda japonesa desvalorizou ainda mais, chegando a 158,95 por dólar americano, a pior cotação em cerca de 2 meses.
As taxas de juros dos Estados Unidos subiram em resposta aos comentários de um alto funcionário da Reserva Federal de que demoraria algum tempo a conter a inflação, e o fosso cada vez maior nas taxas de juro entre o Japão e os EUA levou à venda de ienes e à compra de dólares.
Na quinta-feira, o mercado de Tóquio fechou com 158,20 ienes, e a desvalorização nos EUA foi de cerca de 70 centavos.
O fato do Banco do Japão ter decidido não começar a reduzir as suas compras de obrigações governamentais na sua reunião de política monetária realizada em 13 e 14 de junho também apoia a venda de ienes. O mercado esperava que a redução começasse na reunião de junho, mas o Banco do Japão indicou que decidirá sobre um plano de redução na próxima reunião de julho. Isto é visto como uma postura pacífica, cautelosa quanto ao aperto, e a venda de ienes tornou-se dominante, concentrando-se na diferença nas taxas de juro entre o Japão e os Estados Unidos.
A taxa de câmbio foi empurrada para 160 ienes por dólar em 29 de abril, depois voltou a se recuperar pelas intervenções de compra da moeda japonesa, por parte do governo e do Banco do Japão.
Há um sentimento de cautela no mercado em relação a outra intervenção, assim como há especulações de que 1 dólar poderá chegar a 200 ienes.
No Brasil o panorama é o mesmo, com o real desvalorizado. Em 2 de janeiro deste ano o câmbio era de 4,92 reais por dólar e na quinta-feira foi fechado a 5,45 reais por dólar.
NHK, Nikkei, Google Finance e JNN