A agência de espionagem sul-coreana disse nesta terça-feira (16) que um diplomata norte-coreano estabelecido em Cuba fugiu para a Coreia do Sul, a mais recente em uma série de deserções por membros da elite dominante do Norte.
O Serviço de Inteligência Nacional (NIS) disse que reportagens sobre a deserção de um conselheiro norte-coreano de assuntos políticos em Cuba eram verdadeiras.
O jornal de circulação em massa sul-coreano, o Chosun Ilbo, divulgou também nesta terça-feira que o diplomata Ri Il Kyu fugiu para o Sul com sua esposa e filhos em novembro passado.
O Chosun Ilbo divulgou, citando as palavras de Ri, que ele havia decidido desertar porque estava desiludido com o sistema político norte-coreano.
Contudo, a agência de notícias Yonhap, citando uma fonte do governo sul-coreano não identificada, reportou que Ri decidiu fugir após conflitos com funcionários do Ministério de Relações Exteriores norte-coreano sobre suas avaliações profissionais.
Em 2016, Tae Yongho, então ministro na embaixada norte-coreana em Londres, desertou para a Coreia do Sul. Ele disse aos repórteres em Seul que ele decidiu fugir porque ele não quis que seus filhos vivessem vidas “miseráveis” na Coreia do Norte e entrou “em desespero” após ver o líder norte-coreano Kim Jong-un executar oficiais e buscar desenvolvimento de armas nucleares.
Em 2019, o embaixador atuante da Coreia do Norte na Itália, Jo Song Gil, chegou à Coreia do Sul.
Também em 2019, o embaixador atuante da Coreia do Norte no Kuwait chegou à Coreia do Sul com sua família.
É incomum que um membro da elite dominante do Norte deserte para a Coreia do Sul.
No ano passado, cerca de 10 norte-coreanos categorizados como membros da elite do Norte chegaram ao Sul, de acordo com a Yonhap.
Cerca de 34 mil norte-coreanos desertaram para o Sul a fim de evitar dificuldades econômicas e repressão política desde o fim da Guerra Coreana de 1950-1953.
A maioria era formada por mulheres das regiões mais pobres do Norte.
Fonte: ABC News Go