Promotores na Coreia do Sul questionaram a primeira-dama Kim Keon Hee pela 1ª vez em meio à controvérsia sobre ela receber uma bolsa de luxo da marca Christian Dior.
O escritório de promotoria do distrito central de Seul disse que Kim foi questionada em um prédio do governo não revelado, a portas fechadas, por cerca de 12 horas, das 13h30 de sábado (20) até as primeiras horas de domingo (21).
O questionamento da primeira-dama, a 1ª vez na história da Coreia do Sul, ocorre em meio à pressão crescente pela oposição para investigar Kim por aceitar a bolsa de luxo avaliada em 3 milhões de wons (US$2.250) em troca de favores.
Imagens de câmera de espionagem mostrando Kim recebendo a bolsa da Dior de um pastor em 2022 virou uma grande controvérsia política, fazendo com que a taxa de aprovação para o presidente Yoon Suk Yeol caísse para menos de 30% e a subsequente derrota de seu partido nas eleições parlamentares.
Na Coreia do Sul, funcionários do governo e seus cônjuges não podem aceitar presentes que valem mais de US$750. A lei obriga isso mesmo se não há conflito aparente de interesse.
Choi- Ji-woo, o advogado de Kim, disse que a primeira-dama “cooperou diligentemente com a investigação e testificou verdadeiramente a todos os fatos”.
O advogado disse que a primeira-dama foi em sua maioria questionada sobre como a bolsa foi recebida e se quaisquer solicitações foram feitas pelo pastor, de acordo com o site Korea Herald.
Além da controvérsia em relação à bolsa da Dior, os papéis e responsabilidades de Kim foram questionados após alegações de seu envolvimento em manipulação de ações e alegações de plágio acadêmico.
As alegações de manipulação de ações eram do período antes de Kim se casar com Yoon em 2012.
Isso levou o principal partido da oposição do país, o Partido Democrático da Coreia, a aprovar uma lei para exigir um conselho especial destinado a investigar as alegações.
Entretanto, Yoon bloqueou a lei ao usar seu poder de veto.
Fonte: The Independent