Níveis perigosos de calor continuam a assolar o Japão (banco de imagens)
Um cientista japonês do clima diz que a Terra pode ter entrado em uma fase em que altas temperaturas causadas por fatores como aquecimento global são o novo normal.
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Níveis perigosos de calor continuam a assolar o Japão, e clima incomumente quente também está sendo reportado no mundo todo.
Segundo a Agência de Meteorologia do Japão (AMJ), as temperaturas mensais médias globais continuaram a renovar altas ano a ano desde maio do ano passado.
A temperatura em junho deste ano foi 0.58ºC mais alta do que o normal, e a mais alta em 133 anos.
Números médios para julho ainda serão divulgados. Entretanto, as temperaturas vêm subindo na Ásia, Europa e América do Norte, e clima atípico está sendo observado.
No Canadá, as temperaturas em alguns dias no mês de julho estavam 10º mais altas do que o normal.
O professor Hisashi Nakamura do Centro de Pesquisa para Ciência Avançada e Tecnologia da Universidade de Tóquio diz que a Terra como um todo está ficando mais quente devido à mudança climática.
Nakamura diz que sistemas de alta pressão estão se ejetando em áreas onde ventos do oeste serpentearam para o norte, causando clima ensolarado, elevando temperaturas e calor recorde.
O professor cita que o fenômeno El Niño com temperaturas da superfície dos oceanos mais altas do que o normal continuaram em áreas perto do equador ao largo da costa do Peru por cerca de 1 ano desde o início de 2023.
Ele diz que isso aqueceu a atmosfera e fez com que as temperaturas aumentassem ainda mais em zonas tropicais e subtropicais.
Nakamura diz que a Terra pode ter entrado em uma fase em que temperaturas altas raramente vistas no passado são o novo normal.
Ele diz que o fenômeno La Niña com temperaturas de superfície do mar mais baixas do que o normal foram observadas ao largo da costa do Peru, e isso pode reduzir levemente as temperaturas.
Entretanto, Nakamura diz que o aumento gradual nas temperaturas devido ao aquecimento global não pode ser negado. Ele alerta que o calor provavelmente continuará em áreas onde ventos do oeste desviam para o norte.
Fonte: NHK