Turistas em um zoológico na Tailândia que alimentaram ou tocaram em macacos estão sendo alertados que poderiam estar sob risco de contrair tuberculose desses primatas após os animais terem sido filmados sofrendo com uma tosse incomum e repetitiva.
Dezenas de macacos no Samui Monkey Centre foram filmados tossindo, o que os investigadores disseram que poderia ser um sinal de uma doença infecciosa como tuberculose (TB).
As testemunhas, as quais disseram que juntas visitaram mais de 100 centros de animais no mundo, reportaram que essa foi a primeira vez que haviam visto tosse disseminada em primatas.
Reviews passados no site TripAdvisor sugerem que os macacos apresentaram quadro de tosse pelo menos 9 meses antes da investigação, “então acredita-se que o problema seja persistente”, de acordo com ativistas da organização Moving Animals, a qual documenta crueldade contra animais globalmente.
O centro, que fica na ilha turística de Koh Samui, encoraja visitantes a interagir fisicamente com seus animais ao alimentá-los, tocá-los e abraçá-los.
A Tailândia está entre os 30 países com as maiores taxas de tuberculose em humanos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e investigações da Moving Animals disseram que o risco de humanos e macacos infectarem uns aos outros e a doença se espalhar mais amplamente era uma ameaça à saúde pública.
Cientistas dizem que tosse em macacos também poderia ser um sinal de gripe comum contraída de humanos, pneumonia, coqueluche ou outras doenças respiratórias.
Milhões de turistas visitam Koh Samui todos os anos, e os ativistas alertaram que eles poderiam acabar levando potencialmente qualquer doença contraída de macacos para o país de onde vieram.
Fotos e vídeos feitos pelos investigadores disfarçados mostram dezenas de macacos mantidos em jaulas, alguns com correntes presas aos pescoços.
E os macacos exibiam comportamento “neurótico”, incluindo caminhar para frente e para trás – amplamente considerado sinal de estresse.
“Vários macacos foram vistos comendo galhos em um possível sinal de desnutrição”, disse um porta-voz para os investigadores.
Fonte: The Independent