O aumento em falências reflete parcialmente o impacto de preços mais altos (ilustrativa/banco de imagens)
O Japão registrou o maior número de falências desde 2013 nos 6 meses até setembro, enquanto companhias estavam cada vez mais afetadas por custos em alta.
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Cerca de 4,9 mil empresas faliram no período, aumentando 18.6% ante o ano anterior, de acordo com um relatório da Taikoku Databank na terça-feira (8).
O número de empresas falindo no Japão continuou a aumentar desde o segundo semestre do ano que terminou em março de 2022.
O aumento em falências reflete parcialmente o impacto de preços mais altos, particularmente para empresas pequenas.
Um recorde de 472 de 4,9 mil empresas citou inflação como principal razão para falências, mostrou o relatório.
A principal avaliação de preço do país ficou igual ou acima da meta de 2% do Banco Central do Japão por dois anos, enquanto o iene desvalorizado inflou custos de importação para tudo, de comida à energia.
Os setores da construção, fabricação e varejo estavam entre os que tiveram o maior número de falências conduzido por custos, de acordo com o relatório.
Além dos preços em alta, um recorde de 163 empresas citou escassez de mão de obra como razão para suas falências. A taxa de desemprego do Japão continuou abaixo de 3% por mais de três anos – o nível mais baixo entre economias desenvolvidas.
O mercado de trabalho mais apertado coloca pressão sobre companhias para aumentar salários a fim de reter seus funcionários, espremendo ainda mais seus orçamentos.
Enquanto algumas empresas japonesas tenham oferecido com sucesso um aumento salarial de mais de 5% para seus trabalhadores em negociações referentes no início deste ano, muitas de pequeno e médio porte relataram dificuldades em seguir a tendência.
Fonte: Japan Times