As forças da Coreia do Norte disseram na quarta-feira (9) que estavam realizando ações para “fechar permanentemente e bloquear a fronteira sul” com a Coreia do Sul e haviam informado os EUA a fim de prevenir um conflito acidental.
Pyongyang disse em uma declaração que “cortaria acesso a estradas e ferrovias” que podem ter tornado viagens entre as 2 Coreias possível.
Entretanto, isso foi amplamente um gesto simbólico porque trocas transnacionais e viagens entre as Coreias do Norte e Sul estão suspensas há anos.
As relações intercoreanas estão em um de seus pontos mais baixos em anos, com Pyongyang fechando agências dedicadas à reunificação e declarando a Coreia do Sul como seu “principal inimigo”.
Alguns analistas acreditam que o anúncio poderia ser um primeiro passo em potencial para uma ação mais séria, como alterar a constituição do Norte para declarar uma nova fronteira marítima ao sul da atual linha de facto.
A fronteira entre as 2 Coreias é uma das mais fortemente militarizadas no mundo.
Seul disse em julho que Pyongyang havia passado meses dispondo minas terrestres e erguendo barreiras, transformando a área em um terreno baldio.
A agência de espionagem de Seul também disse em junho que havia detectado sinais de que a Coreia do Norte estava demolindo trechos de uma linha ferroviária que conecta as duas Coreias.
Essa demolição foi “presumivelmente com a intenção de agravar completamente sua conexão com o Sul”, disse Yang Moo-jin, presidente da Universidade de Estudos Norte-Coreanos em Seul, à agência AFP.
Yang descreveu a declaração de quarta-feira do Norte como “confirmação oficial”.
As forças norte-coreanas descreveram a decisão como “medida de autodefesa” em resposta aos “exercícios de guerra” sul-coreanos.
Fonte: Channel News Asia