China continua pressionando Taiwan em ‘punição’

A China, em exercício militar ao redor de Taiwan, continua intimidando e aplicando pressão.

Embarcação naval chinesa nas águas em torno de Taiwan (NHK)

Os militares da China iniciaram um exercício militar em grande escala ao redor de Taiwan desde segunda-feira (14) e na manhã de terça-feira (15) demonstram intenção de continuar aplicando pressão.

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Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, foram 34 embarcações navais e 125 aeronaves em formação ao redor da ilha na segunda-feira, chamando o exercício militar de “provocação irracional”.

Simulação de ataque a Taiwan

Foi a intimidação ou “punição” com o maior número até então. A punição se deve às palavras do atual presidente William Lai “A República Popular da China não tem direito de representar Taiwan”, em 10 deste mês.

Na segunda-feira, os militares chineses anunciaram que concluíram o dia com sucesso, no mar e no espaço aéreo que circunda Taiwan. Conhecido como Exército de Libertação Popular (PLA) da China, o porta-voz disse que o exercício envolveu todas as alas do exército e foi projetado para simular o ataque a Taiwan por terra, mar e ar.

As manobras da China, durante o exercício militar, formaram um coração em torno de Taiwan, mostrando que pertence a ela (Sanli News/SETM de Taiwan)

Um porta-voz do Ministério da Defesa da China emitiu um comentário após o exercício, criticando o governo William Lai de Taiwan, dizendo que “daremos um passo em frente”, indicando uma postura de pressão militar contínua.

A ex-presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, visitou a República Tcheca em sua primeira viagem ao exterior desde que deixou o cargo, afirmando que “Taiwan está na linha de frente das ameaças” e disse que a China está aumentando a pressão militar através da realização do exercício militar em grande escala.  

A ex-presidente Tsai enfatizou que “as democracias do mundo enfrentam desafios sem precedentes” e salientou que os regimes autoritários tornaram-se mais confiantes nos seus próprios métodos de governo.

Japão confirma presença de porta-aviões da China e da Rússia

Segundo o Ministério da Defesa do Japão (MOD), na tarde de domingo (13), dois porta-aviões da Marinha chinesa, o Liaoning e um destroier de mísseis, foram observados navegando no Oceano Pacífico, a sudeste de Taiwan e a aproximadamente 460 quilômetros ao sul da ilha de Yonaguni, província de Okinawa. 

Na segunda-feira, caças e helicópteros a bordo do Liaoning também foram vistos decolando e pousando nas águas vizinhas.

Além disso, de acordo com o MOD, foi confirmado que 4 destroieres de mísseis da Marinha Chinesa e 2 da Marinha Russa navegaram no Oceano Pacífico das Ilhas Ogasawara para Okinawa de 11 a 14.

Por que a China quer Taiwan de volta?

Taiwan, uma ilha entre a China e o Japão, é marcada por domínios, a começar pelos portugueses que a descobriram e deram o nome de Formosa. Depois, passou para as mãos dos espanhóis e holandeses.

Até 1895 foi ocupada pela China durante a dinastia Manchu. Após a derrota da China na guerra com o Japão, Taiwan passou a ser anexada ao arquipélago nipônico, como indenização.  

Como o Japão teve que se render no fim da II Guerra Mundial, Taiwan voltou para a República da China e em 1949 o Generalíssimo Chiang Kai-shek estabeleceu a sede do governo nacionalista chinês em Taiwan

Desde então, a China considera Taiwan uma de suas províncias, não reconhecendo que ela é independente, e tem fortes intenções de retomá-la. Mas, Taiwan está com o exército pronto para revidar caso tenha um ataque.

Fontes: NHK  

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Homem armado na Califórnia foi preso como suspeito de atentado a Trump, mas foi libertado

Publicado em 15 de outubro de 2024, em Notícias do Mundo

O homem armado, preso, parecia ser uma ameaça a Trump, mas depois foi posto em liberdade sob fiança.

Ex-presidente Donald Trump no comício (Univision)

Um homem armado foi preso do lado de fora do comício do candidato Donald Trump, no sábado (12), em Coachella Valley, na Califórnia. A imprensa local só informou a ocorrência no domingo (13).

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Identificado como americano, Vem Miller, 49 anos, de Las Vegas, foi revistado pela polícia, a qual encontrou vários passaportes e carteiras de motoristas com nomes diferentes, supostamente falsos, placas falsas do seu carro preto, bem como armas de fogo.

Tinha posse ilegal de uma pistola carregada, escopeta e um carregador de alta capacidade. Ele teria tentado entrar no comício como sendo da imprensa, por volta das 17h.

O xerife do condado de Riverside, Chad Bianco, disse em uma entrevista coletiva no domingo que, em uma segunda parada, um policial notou que o SUV de Miller estava “desordenado” com uma placa “obviamente falsa”, o que levou a polícia a investigar mais.

100% Donald Trump

Americano Vem Miller que estava armado (Alguacil Condado de Riverside via Univision)

O xerife Bianco disse que as marcas na placa indicavam que Miller faz parte de “um grupo de indivíduos que afirmam ser ‘cidadãos soberanos’”, um movimento de direita que não acredita na legitimidade do governo.

Para a Fox News, Miller disse que “as especulações que aparentemente queria atentar contra o candidato são falsas”. Ademais, afirmou ser “100% seguidor de Donald Trump”. “Sou um artista, sou a última pessoa que causaria qualquer violência e dano a alguém”, declarou para o Southern California News Group.

O suspeito pagou 5 mil dólares de fiança e foi colocado em liberdade, mas deverá responder perante a Corte em 2 de janeiro.

Às vésperas das eleições presidenciais, em grande parte no próximo 5 de novembro, esse incidente deixou o clima tenso, mas não teria afetado a segurança do ex-presidente e candidato.

Fontes: Univision, Independent e ABC 7

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