Arábia Saudita executou mais de 100 estrangeiros em 2024

O reinado rico em petróleo executou o terceiro maior número de prisioneiros no mundo após a China e Irã em 2023, de acordo com a Anistia Internacional.

A Arábia Saudita executou o terceiro maior número de prisioneiros no mundo após a China e Irã em 2023 (ilustrativa/banco de imagens)

A Arábia Saudita executou mais de 100 estrangeiros neste ano, de acordo com um cálculo da AFP, indicando um aumento acentuado que um grupo de direitos humanos diz ser sem precedentes.

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A execução mais recente, no sábado (16) na região sudoeste de Najran, foi um cidadão do Iêmen acusado de contrabandear drogas para o reinado do Golfo, divulgou a Saudi Press Agency em uma reportagem.

De acordo com o cálculo compilado por reportagens da mídia estatal, isso leva para 101 o número de estrangeiros executados até agora em 2024.

Isso é quase o triplo dos números para 2023 e 2022, quando autoridades sauditas executaram 34 estrangeiros por ano, de acordo com cálculos.

A Organização Saudita Europeia para Direitos Humanos disse que as execuções deste ano já haviam quebrado um recorde.

“Esse é o maior número de execuções de estrangeiros em 1 ano. A Arábia Saudita nunca executou 100 estrangeiros em 1 ano”, disse Taha al-Hajji, disse o diretor jurídico do grupo.

A Arábia Saudita enfrenta críticas persistentes pelo seu uso de pena de morte, a qual grupos de direitos humanos condenaram como excessiva e fora de compasso com esforços para abrandar sua imagem proibida e receber investidores e turistas internacionais.

O reinado rico em petróleo executou o terceiro maior número de prisioneiros no mundo após a China e Irã em 2023, de acordo com a Anistia Internacional.

Estrangeiros executados neste ano incluíram, 21 do Paquistão, 20 do Iêmen, 14 da Síria, 10 da Nigéria, 9 de Egito, 8 da Jordânia e 7 da Etiopia.

Também houve execuções de cidadãos do Sudão, Índia, Afeganistão, Sri Lanka, Eritreia e Filipinas.

Fonte: Japan Times

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Cinco militares presos por plano para executar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

Publicado em 20 de novembro de 2024, em Brasil

Chamados de Kids Pretos têm uma formação especial e queriam executar os 3 em dezembro de 2022, para impedir a posse de Lula, mas o plano foi abortado.

Polícia Federal do Brasil (Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) deflagrou na terça-feira (19), horário de Brasília, uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

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“Foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao assassinato dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”, informou.

Os criminosos também planejavam restringir o livre exercício do Poder Judiciário. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF.

Moraes, relator do caso na Corte, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes; e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Também foi autorizada a prisão preventiva do policial Wladimir Matos Soares. Eles são chamados de Kids Pretos, os formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, treinados para serem a elite do exército. Ganham esse nome por causa de uma espécie de gorro de cor preta para cobrir a cabeça. 

Investigados tentaram prender Alexandre de Moraes, diz PF

Ministro do STF Alexandre de Moraes (Agência Brasil)

Os militares investigados pela PF pela suspeita de planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022 realizaram o monitoramento da residência oficial do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Os investigadores concluíram que os acusados tinham objetivo de prender Moraes, mas o plano foi cancelado após o adiamento de uma sessão do STF.

“As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo Copa 2022 demonstram que os investigados estavam em campo, divididos em locais específicos para, possivelmente, executar ações com o objetivo de prender o ministro Alexandre de Moraes”, diz trecho do relatório.

Segundo os investigadores, a suposta operação para prender Moraes foi cancelada após a divulgação do adiamento da sessão do Supremo que julgou a questão do orçamento secreto do Congresso. 

A notícia do adiamento foi compartilhada no grupo de mensagens instantâneas criado pelos acusados.  

Em seguida, a operação clandestina foi cancelada. “Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda”, disse um dos investigados.

Operação para deflagrar os Kids Pretos

As informações constam no relatório de inteligência da Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira para prender cinco militares que pretendiam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Conforme as investigações, os acusados executaram uma operação clandestina identificada como Copa 2022 no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a cerimônia na qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que era presidido por Moraes, ter diplomado Lula e Geraldo Alckmin na condição de presidente e vice eleitos nas eleições de outubro daquele ano.

Para não deixar rastros, os membros da operação usaram linhas telefônicas de terceiros e os codinomes Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Gana para serem usados durante a comunicação, que foi realizada por meio do aplicativo Signal, cujo conteúdo é criptografado.

Após analisar as mensagens apreendidas durante a investigação e com análise da localização dos aparelhos celulares, a PF concluiu que é “plenamente plausível” que a residência funcional de Alexandre de Moraes tenha sido monitorada por um dos investigados.

Impressão do documento do plano na residência do ex-presidente Bolsonaro 

De acordo com a PF, o documento foi impresso pelo general da reserva Mario Fernandes no Palácio do Planalto e levado para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Jair Bolsonaro. O ex-presidente não é citado na investigação como investigado.

“A investigação, mediante diligências probatórias, identificou que o documento contendo o planejamento operacional denominado Punhal Verde Amarelo foi impresso pelo investigado Mário Fernandes no Palácio do Planalto, no dia 9/11/2022 e, posteriormente, levado até o Palácio do Alvorada, local de residência do presidente da República, Jair Bolsonaro“, completou a PF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal. Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que “pensar em matar alguém não é crime”.

“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido. Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”, declarou.

Fonte: Agência Brasil

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