Presidente da Coreia do Sul declara lei marcial de emergência e depois a suspende

A lei marcial foi declarada por volta das 23h e por volta das 4h do dia seguinte, o presidente a suspendeu, retirando as tropas, pois do lado de fora se instalou um caos.

Presidente da Coreia de Sul em cadeia nacional (NHK)

Na noite de terça-feira (3), por volta das 23h, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, repentinamente declarou lei marcial de emergência, proibindo atividades políticas na Assembleia Nacional, o que causou tensão no país.

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As medidas incluem a proibição de atividades políticas, o controle de todos os meios de comunicação e publicações e a proibição de reuniões públicas, e os infratores podem ser presos, detidos, revistados e apreendidos sem mandado, e punidos.

Dirigindo-se ao povo, ele disse: “Embora isto cause alguns inconvenientes aos bons cidadãos, concentraremos os nossos esforços em minimizar os inconvenientes”.  Ainda acrescentou que “este é um movimento inevitável para a perpetuação de uma Coreia do Sul livre e não há mudança na nossa política externa de cumprimento da nossa responsabilidade e contribuição para a comunidade internacional”, disse ele, pedindo compreensão.

Oposição contestou imediatamente

O representante Lee Jae-myung do Partido Democrático da Coreia, o maior partido progressista da oposição com maioria na Assembleia Nacional, o qual foi rival do presidente nas últimas eleições em 2022, apelou aos seus membros para se reunirem na Assembleia Nacional. Lee também disse que se eles se reunirem na Assembleia Nacional, “há uma grande possibilidade de que os militares sejam mobilizados e os prendam”.

Tensão do lado de fora da assembleia, embate entre as tropas, povo e políticos, de madrugada (NHK)

A lei marcial de emergência foi declarada por considerar que Lee se simpatiza com a Coreia do Norte.

Han Dong-hoon, representante do partido conservador no poder, Poder Popular, também disse: “A declaração de lei marcial do presidente está errada. Vamos pará-la juntamente com o povo”, convocando uma assembleia geral de emergência dos seus membros.  

Medida extrema do presidente

A Constituição sul-coreana estipula que se a maioria dos membros da Assembleia Nacional concordar em levantar a lei marcial, o presidente deve fazê-la. 

Os legisladores se reuniram um após o outro na Assembleia Nacional e parece que estão prestes a abrir uma sessão. Do lado de fora, a população enfrentou as tropas. 

No final de novembro, uma comissão parlamentar aprovou o projeto de lei orçamental para o próximo ano, com alguns cortes feitos pelos partidos da oposição. Também está tentando o impeachment de promotores e funcionários do governo. Incapaz de resistir à ofensiva da oposição, o presidente Yoon parece ter tomado a medida extrema da “lei marcial de emergência”.

Suspensão da lei marcial de emergência

Por volta das 4h de quarta-feira (4), o presidente declarou a suspensão da lei marcial de emergência por meio de uma reunião do Gabinete, horas depois de declará-la, acusando a oposição da nação de paralisar seu governo com atividades “antiestado”.

Em um discurso televisionado, Yoon fez os comentários, dizendo que as tropas da lei marcial foram retiradas.

Após a declaração, a Assembleia Nacional aprovou uma resolução pedindo o levantamento da lei marcial com os Estados Unidos ressaltando que quaisquer disputas “políticas” serão resolvidas “pacificamente”, informou a agência de notícias Yonhap.

Ainda segundo a Yonhap, as tropas da lei marcial se retiraram e uma reunião de Gabinete está programada.

Fontes: NHK, Yomiuri, Mainichi, Asahi e Yonhap News Agency

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Caso do brasileiro que matou esposa e filha: amiga testemunha no julgamento

Publicado em 4 de dezembro de 2024, em Brasil

A amiga da vítima, a esposa do réu, foi testemunha no julgamento do réu brasileiro Anderson Barbosa, por duplo homicídio.

O réu Anderson Barbosa na Justiça Federal do PR em março deste ano (RIC TV) e à esq. a foto divulgada pela polícia de Osaka

No julgamento do caso de duplo homicídioesposa e filha – cujo réu é o brasileiro Anderson Robson Barbosa, 35 anos, em andamento no Brasil, mais especificamente na 13.ª Vara Federal de Curitiba, capital do Paraná, uma testemunha do Japão deu seu depoimento virtualmente, na terça-feira (3).

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Antes do testemunho virtual, deu uma entrevista para a imprensa local, na província de Osaka, onde o crime aconteceu há dois anos. Ela era amiga da vítima, Manami Aramaki, que foi assassinada cruelmente, aos 29 anos. Sua filha Lily, de apenas 3 anos, também foi morta pelo réu, marido e pai dela. 

O réu Anderson Robson Barbosa está sendo julgado pelo sistema chamado dairi shobatsu em japonês, o que significa julgamento por procuração. Isso acontece porque o crime ocorreu no Japão, na cidade de Sakai (Osaka), entre 20 e 21 de agosto de 2022. Ele fugiu para o Brasil logo depois, e a polícia japonesa o colocou na lista da Interpol. Foi preso na cidade de São Paulo em 14 de julho de 2023, na ocasião, como suspeito de duplo homicídio qualificado. Foi transferido para Curitiba, onde o julgamento por procuração está ocorrendo. A polícia japonesa queria mandá-lo para julgamento no Japão, mas o Brasil não extradita seus cidadãos para esse fim.

As testemunhas, incluindo as da polícia, começaram a ser ouvidas virtualmente em 26 do mês passado.

“Manami era uma pessoa muito importante para mim. Para a audiência, levei a foto de nós duas e usei uma pulseira que ela fez e me deu de presente”, disse a amiga. “Farei o meu melhor para que o juiz compreenda o quanto Manami amava sua filha e como era uma pessoa maravilhosa. Quero que o culpado (réu) receba uma punição severa”, declarou.

Como o julgamento não está aberto ao público, ainda não há informações dos depoimentos de outras testemunhas.

O réu Anderson Robson Barbosa será ouvido na noite de quarta-feira (4), horário do Brasil. Se ele não mudar o seu depoimento, deverá assumir o duplo homicídio, como fez em 14 de março deste ano. “Bati na esposa e acabei matando. Sem mãe seria muito triste e acabei matando a filha também”, teria dito nessa data. 

A polícia de Osaka disse que Manami, a esposa, tinha marcas de agressão no rosto e mais de uma dezena de facadas mortais no corpo. 

Fonte: FNN

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