Vladimir Putin disse que está pronto para chegar a um acordo em relação à Ucrânia em possíveis conversas para encerrar sua guerra e não impõe condições para iniciar discussões – enquanto ele se vangloriava sobre as conquistas militares da Rússia em sua maratona anual de coletiva de imprensa transmitida na TV.
O presidente russo disse a um repórter que ele estava pronto para se encontrar com Donald Trump, com o qual ele disse que não fala há anos.
O presidente eleito dos EUA se comprometeu a encerrar rapidamente a guerra na Ucrânia, sem fornecer nenhum detalhe sobre como ele poderia alcançar isso.
Questionado sobre o que ele pode oferecer a Trump, Putin descartou uma afirmação de que a Rússia estava em uma posição fraca.
“Sempre afirmamos que estávamos prontos para negociações e compromissos”, disse Putin, após afirmar que forças russas, as quais estão avançando por toda a frente, estavam progredindo para alcançar suas metas primárias na Ucrânia.
No mês passado, a agência Reuters divulgou que Putin estava aberto para discutir um acordo de cessar-fogo ucraniano com Trump, mas descartou fazer qualquer concessão territorial e insistiu que Kiev abandone suas ambições de se juntar à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Putin disse na quinta-feira (19) que a Rússia não tinha condições impostas para iniciar conversas com a Ucrânia e estava pronta para negociações com qualquer pessoa, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky.
Contudo, ele disse que qualquer negócio seria assinado somente com autoridades ucranianas legítimas, as quais por enquanto o Kremlin considerava serem apenas o parlamento ucraniano.
Zelensky, cujo mandato expiraria no início deste ano, mas foi estendido devido à lei marcial, precisaria ser reeleito para que Moscou o considerasse um signatário legítimo para qualquer negócio a fim de garantir que isso estava legalmente absoluto, disse Putin.
A invasão da Rússia à Ucrânia em 2022 deixou dezenas de milhares de mortos, deslocou milhões de pessoas e desencadeou a maior crise em relações entre Moscou e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba de 1962.
Fonte: The Independent