Revisão da Lei das Normas Trabalhistas: comissão apresentará projeto de lei

A Lei de Normas Trabalhistas, de 1947, está em revisão para se adequar à realidade atual, mas também para regulamentar dias consecutivos de trabalho.

Fotos ilustrativas de trabalhadores (PM)

Na terça-feira (24), a Comissão de Especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW), presidido por Takashi Araki, professor da Escola de Pós-Graduação da Universidade de Tóquio, que está analisando a revisão da Lei das Normas Trabalhistas, compilou um projeto que inclui a proibição do trabalho contínuo por mais de 14 dias. 

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A comissão iniciará discussões concretas no próximo ano fiscal, com o objetivo de submeter um projeto de lei à Dieta em 2026. 

Por outro lado, alguns sindicatos estão levantando preocupações de que “a Lei das Normas Trabalhistas será desmantelada e alguns trabalhadores poderão ser encorajados a trabalhar longas horas”.

Essa lei foi promulgada em 1947, tendo como antecessora a Lei das Fábricas, de 1916. A atual lei estabelece padrões mínimos relativos às condições de trabalho e pressupõe que os trabalhadores trabalhem no mesmo local e horário. À medida que os estilos de trabalho, como o home office, se diversificam, têm sido iniciadas discussões para a revisão das normas laborais.

Além de incluir a proibição do trabalho contínuo por mais de 14 dias, há também uma revisão do método de cálculo dos salários extras para pessoas que fazem bico. A definição de “trabalhador” protegida pela Lei das Normas Trabalhistas também foi um ponto de discórdia.

Há opiniões que apelam ao alargamento do sistema aos trabalhadores independentes, que atualmente não estão abrangidos, mas não se chegou a nenhuma conclusão, uma vez que existem muitas questões, como a forma de pagar os prêmios do seguro social. O relatório dessa revisão apenas afirma que “estabeleceremos um sistema para conduzir pesquisas de forma contínua”.

Revisão causa preocupação

A Zenroren, a organização nacional dos sindicatos, afirma que este relatório levará ao desmantelamento da Lei de Normas Trabalhistas. O problema é que “é possível ajustar ou substituir as normas legais para se adequarem às circunstâncias reais de empresas, locais de trabalho e trabalhadores individuais sob certos procedimentos, tais como acordos de gestão laboral, e sob os requisitos legais, considerando a futura legislação relacionada às normas trabalhistas”. Houve também opiniões que apelam aos estilos de trabalho flexíveis, que foram incluídas.

Há preocupações de que o novo projeto de lei, que estabelece padrões mínimos para as condições de trabalho, possa ser diluído ao abrigo de um acordo de gestão laboral. Por exemplo, os trabalhadores regulares estão proibidos de fazer horas extraordinárias superiores a 720 horas por ano, mas pode ser possível trabalhar longas horas que excedam este regulamento.

Naoki Doi, secretário executivo da comissão, está preocupado com o fato de “as normas laborais serem essencialmente regulamentos que devem ser minimamente cumpridas. Não podemos permitir uma desregulamentação que fique aquém da legislação”.

Fonte: Mainichi 

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Polícia identifica hackers norte-coreanos no furto de ¥48 bi em Bitcoins de corretora japonesa

Publicado em 25 de dezembro de 2024, em Economia

O grupo de hackers que furtou 48 bilhões de ienes em criptomoedas é da Coreia do Norte.

Imagem ilustrativa de Bitcoin (PM)

A corretora de criptomoedas japonesa DMM Bitcoin amargou um prejuízo de 48,2 bilhões de ienes de ativos, e a Agência Nacional de Polícia do Japão (NPA) e outras autoridades apontaram que um grupo de hackers norte-coreano está envolvido.

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Foi anunciado que o modus operandi foi uma mensagem de suposto headhunting, enviada para um funcionário que a abriu. Era uma falsa oferta de emprego, que causou uma infecção com vírus para o furto das criptomoedas. As informações sobre privilégios de acesso foram furtadas e os valores das transações e os destinos das remessas foram alterados.

Em maio deste ano, a corretora DMM Bitcoin informou que sofreu vazamento de 48,2 bilhões de ienes em criptoativos e que transferiria as contas e ativos de clientes para outra empresa e encerraria sua atividade.

A NPA, o Departamento de Polícia Metropolitana e o FBI, que investigam o caso, informaram na terça-feira (24) que identificaram o Trader Traitor, uma divisão do grupo de hackers Lazarus, que se diz ser uma organização subordinada às autoridades norte-coreanas, como envolvido nesse furto.

A conta de uma rede social da mensagem enviada e o servidor ao qual ela estava conectada estão vinculados à Coreia do Norte.

Esses Bitcoins valeriam atualmente ¥67 bilhões

Imagem ilustrativa de Bitcoins (PM)

Esse valor em ienes, em maio, convertido em dólares americanos, resulta em 305.244.000, sendo que um Bitcoin nessa ocasião estava avaliado em 68 mil dólares.

Portanto, os hackers furtaram quase 4,5 mil Bitcoins (4.488). Na cotação atual seria algo em torno de 426.360.000 dólares ou 67 bilhões de ienes.

A NPA está apelando às corretoras de criptoativos que tomem medidas de segurança apropriadas. 

Fontes: NHK e JNN

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