
Imagem: NHK
O governo japonês, através de seu conselho de radiação, aprovou como “razoáveis” os critérios propostos pelo Ministério do Meio Ambiente para a reutilização de solo contaminado após o acidente nuclear da Usina de Fukushima Daiichi.
Essas diretrizes visam implementar a reutilização do solo em projetos de obras públicas a partir do ano fiscal de 2025, especificando que a concentração de césio radioativo não deve ultrapassar 8.000 becquerels por quilo.
Este limite é estabelecido para garantir que a dose de radiação recebida por pessoas envolvidas ou residentes próximos não exceda 1 milissievert por ano, conforme normas internacionais de segurança.
Artigos relacionados
Após o desastre nuclear, aproximadamente 14 milhões de metros cúbicos de solo contaminado foram armazenados dentro e fora da província de Fukushima. A legislação atual prevê que a parte do solo armazenada dentro da província deve ser transportada para fora e eliminada até 2045.
Parte desse solo, conforme os novos critérios, poderá ser reutilizada em obras públicas, ajudando a reduzir o volume armazenado.
Além das diretrizes para concentração de césio, a proposta também aborda a gestão dos subprodutos do processo de redução de volumes, como gases e águas, definindo concentrações permitidas de radioatividade.
O conselho solicitou ao Ministério do Meio Ambiente que garanta medidas rigorosas para controle de radiação, bem como uma comunicação efetiva com trabalhadores das obras e moradores nas áreas de reutilização do solo.
Esta abordagem também incluirá uma comunicação transparente sobre os riscos com as partes interessadas.
Com a aprovação da proposta, o Ministério planeja modificar as ordens ministeriais pertinentes e refletir esses critérios nas diretrizes para a reutilização de solos, em um esforço para iniciar efetivamente esse processo em larga escala a partir do próximo ano fiscal.
Fonte: NHK







