
Imagem: NHK
A produção de repolho na cidade de Choshi (Chiba), famosa por sua alta colheita, enfrenta uma queda significativa, com uma redução de cerca de 30% em relação aos anos anteriores.
A causa principal são as condições climáticas instáveis e a ocorrência de doenças, como a causada pelo fungo sclerotinia, que prejudicaram o crescimento das plantações.
Yokota Kazuhiro, um agricultor local, relata que “metade dos repolhos estão danificados e impossibilitados para comercialização”. Ele também destacou que os custos crescentes com combustível e maquinário agrícola pioram a situação econômica dos produtores.
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Atualmente, o período de transição entre o repolho de inverno e o de primavera, previsto para um aquecimento em cerca de duas semanas, ainda traz incertezas devido ao risco de doenças.
A importação de repolho tem sido a solução para suprir a demanda. Segundo estatísticas do Ministério das Finanças, as importações em abril foram quarenta e duas vezes maiores do que no mesmo mês do ano passado, alcançando 1.748 toneladas.
A China é o maior fornecedor, responsável por mais de 90% do total importado, seguida pelo Vietnã e Coreia do Sul.
Outros vegetais também apresentam aumento nas importações, como alface e acelga, onde este último atingiu 1.440 toneladas, enquanto o primeiro aumentou 1,7 vezes em relação ao ano anterior.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca, isso se deve à redução da produção nacional, especialmente em regiões afetadas por um inverno seco.
Empresas que trabalham com vegetais frescos já aderiram ao uso de repolho importado para atender a demanda. Uma empresa localizada em Adachi (Tóquio), está se utilizando do balanço entre a produção nacional e importada para manter os níveis de oferta, realizando revisões rigorosas nos repolhos chineses para garantir a segurança do produto antes de distribuí-lo no mercado.
Kazuhiko Horita, professor da Universidade Agrícola de Tóquio, analisou que “repolhos têm natureza de necessidade básica e qualquer redução no fornecimento pode aumentar o preço”, acrescentando que a atual situação de preço elevado pode persistir, mas deverá se estabilizar quando as regiões produtoras de primavera voltarem a gerar uma oferta estável.
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