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Cerca de 45% dos trabalhadores no Japão cumprem apenas as tarefas básicas

| Sociedade

Pesquisa revela que 45% dos funcionários integrais praticam ‘desistência silenciosa’. Geração mais jovem lidera o movimento, buscando equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Empresas divergem sobre aceitação.

Konishi Sangyo - Empregos no Japão
trabalhador 5 mai 2025 destaque

Só cumprindo tabela? (ilustrativa/banco de imagens)

Cerca de 45% dos funcionários a tempo integral são “desistentes silenciosos” (quiet quitters) – fazem apenas o mínimo para atender às exigências de suas funções – de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Mynavi.

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Entre 3 mil entrevistados com idades entre 20 e 59 anos, essa atitude no trabalho foi mais comum entre a geração mais jovem: 46,7% daqueles na faixa dos 20 anos disseram que eram desistentes silenciosos, refletindo uma força de trabalho menos motivada e mais focada em equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho.

“Podemos ver que a “desistência silenciosa” ou “demissão silenciosa” (quiet quitting) está se tornando a nova norma”, comentou Akaru Asahina, pesquisadora no Mynavi Research Lab. “Como valores estão se tornando mais diversos, é importante que companhias aceitem e ofereçam estilos de trabalho flexíveis para eles”.

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De acordo com a pesquisa realizada em abril, cerca de 60% dos entrevistados que se descreveram como desistentes silenciosos estavam satisfeitos com o que ganharam como resultado, particularmente com a forma como passaram seu tempo no trabalho e fora dele.

Mais de 70% no mesmo grupo admitiram que eles gostariam de continuar com a prática.

O termo quiet quitting se originou nos EUA em 2022 quando ele viralizou no TikTok como uma nova mentalidade para as pessoas trabalharem nessas condições.

Os que se engajam nele preferem trabalhar de uma maneira em que executam suas tarefas como elas são estabelecidas, mas não vão além para avançar em suas carreiras, buscar promoções ou aumentos salariais.

Na mesma pesquisa, 38,9% dos entrevistados que eram funcionário de recursos humanos responderam que eles eram receptivos a quiet quitters, dizendo que é importante considerar tal comportamento em funcionários que não buscam avanços na carreira, visto que o estilo de trabalho de cada um é diferente.

Outros 32,1% responderam negativamente ao fenômeno, dizendo que tal mentalidade pode não ser boa para a moral geral da organização.

Desde que surgiu, a desistência silenciosa é observada globalmente, com um relatório divulgado em 2023 pela empresa de pesquisa americana Gallup revelando que 59% dos funcionários em todo o mundo estavam se engajando na prática.

Por outro lado, uma forma mais agressiva chamada de “revenge quitting” (demissão por vingança) pode estar em ascensão.

A tendência, que vê trabalhadores insatisfeitos com salários baixos e falta de oportunidades de avanço, desistindo de seus empregos ruidosamente e dramaticamente para exibir de forma aberta suas frustrações reprimidas, parece estar virando moda.

Fonte: Japan Times


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