
Posa na frente de uma das suas belas fotos (Agência Brasil)
Morreu na sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris, na França, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, reconhecido internacionalmente.
A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não-governamental fundada por ele. A ONG destaca que Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo.
E ao lado da companheira Lélia Salgado, semeou esperança em meio à devastação e fez florescer a restauração ambiental como um gesto de amor pela humanidade.
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Sua lente revelou o mundo e suas contradições e a sua vida, o poder da ação transformadora, destacou a ONG.
O fotógrafo foi homenageado este ano pela Escola de Samba Independentes de Boa Vista, com o enredo “Os Olhos do Mundo; Assombros de Sebastião Salgado”.
Com o tema, a agremiação conquistou o título de campeã do Carnaval de Vitória (Espírito Santo) 2025 e garantiu o primeiro lugar no grupo especial. O fotógrafo agradeceu a homenagem.
“Foi uma homenagem sublime, pura, homenagem ligada ao povo do Espírito Santo, com samba-enredo maravilhoso. Lindo o samba. Agradeço muito”, disse na ocasião.
Sebastião Salgado e sua trajetória
Sebastião Salgado nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 9 de fevereiro de 1944 e viajou por mais de 120 países para seus projetos fotográficos.
Embora tenha nascido no Brasil, se mudou para Paris, capital francesa, em 1969, durante a ditadura militar do país. Ele começou sua carreira como fotógrafo em 1973.
Conhecido por suas poderosas fotografias em preto e branco que destacam questões sociais, ele ganhou reconhecimento internacional por seu trabalho sobre a seca e a fome na região do Sahel, ao sul do Deserto do Saara, uma coleção de suas obras intitulada “Sahel”. Ele também é conhecido por sua obra “Amazônia”, que retrata os povos indígenas da Amazônia.
Em 2009, ele realizou uma exposição fotográfica intitulada “África” em Tóquio e, em 2021, foi selecionado para o Praemium Imperiale, um dos mais prestigiados prêmios de arte do mundo, é concedido anualmente pela Japan Art Association em cinco categorias: pintura, escultura, arquitetura, música e cinema/teatro.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que o trabalho de Sebastião Salgado foi decisivo para ampliar a conscientização internacional sobre a necessidade de proteger tanto os direitos humanos quanto o meio ambiente, especialmente na defesa da Amazônia e de seus povos.
E que ele deixa como legado sua atuação em prol da recuperação ambiental. O Itamaraty também prestou condolências à viúva e aos filhos.
Assista a um especial produzido pela estatal DW.
Fontes: Agência Brasil







