Aumento no preço do alumínio impulsiona onda de furtos no Japão (ilustrativa/banco de imagens)
O Japão está enfrentando um aumento alarmante nos furtos de resíduos recicláveis conforme as consultas dispararam, incluindo na cidade de Fukuoka, onde os casos em 2024 chegaram a mais de 15 vezes o número registrado quatro anos antes.
Esforços para combater o problema resultaram até em agressões, como no caso de um funcionário da administração municipal de Fukuoka que foi atacado ao tentar impedir um furto.
Entre os fatores responsáveis pelo aumento está o impacto duradouro da pandemia de coronavírus e a invasão à Ucrânia pela Rússia.
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No final de dezembro de 2024, um funcionário da divisão de gerenciamento de coleta da Prefeitura Municipal de Fukuoka se viu em uma briga com um homem que tentava roubar latas de alumínio em uma área de descarte de lixo.
Após uma breve discussão, o suspeito foi detido por outros dois funcionários e entregue à polícia local. As autoridades afirmam que ele já havia recebido alertas por furto em três ocasiões.
A crescente demanda por alumínio tem contribuído para o problema.
O preço de compra de latas de alumínio mais do que triplicou desde 2020, de ¥55 para ¥170 por quilograma. Este salto ocorreu simultaneamente ao início da pandemia e aumentou ainda mais com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, que levantou receios de falta de abastecimento, já que Rússia e China são grandes produtores de alumínio.
Além de impactar as receitas municipais, o furto de resíduos recicláveis afeta a operação de instalações de processamento.
Em Fukuoka, os custos de operação de uma instalação de resíduos não combustíveis atingiram cerca de ¥500 milhões em 2023, cobrindo-se parcialmente pelos lucros da venda de resíduos recicláveis.
No entanto, mesmo com a alta dos preços do alumínio, a receita caiu de aproximadamente ¥112 milhões em 2021 para cerca de ¥76 milhões em 2023. Este declínio deve-se à redução no volume de resíduos recicláveis disponíveis devido aos furtos.
Uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente revelou que 283 municípios relataram queda na receita devido à diminuição no volume de resíduos vendidos, sublinhando a gravidade da situação.
As maiores taxas de furtos de latas foram registradas em Osaka e outras áreas urbanas, como Tóquio, Shiga e Saitama, evidenciando a ampla difusão do problema em todo o país.
