Lee Jae-myung comemora sua vitória como novo presidente (JNN)
O candidato do Partido Democrata (PD) da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, foi eleito presidente na quarta-feira (4), após meses de turbulência em torno do impeachment e da destituição de seu ex-oponente por uma tentativa frustrada de impor lei marcial.
A vitória de Lee foi uma recuperação notável após a derrota para o ex-presidente Yoon Suk Yeol por uma margem mínima de menos de 1 ponto percentual na eleição anterior, em 2022 na Coreia do Sul.
Embora a tentativa de Yoon de impor lei marcial em dezembro tenha pavimentado o caminho para a ascensão de Lee à presidência da Coreia do Sul, também aprofundou a divisão política do país e aumentou os desafios impostos por tudo, desde as políticas tarifárias dos Estados Unidos até o avanço do programa de armas nucleares da Coreia do Norte.
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Em um discurso em Yeouido, Seul, sede da Assembleia Nacional, o centro-esquerdista Lee prometeu “superar a insurreição” e garantir que não haja um “golpe militar”, uma referência à tentativa de Yoon de impor a lei marcial.
“Cumprirei minha missão de criar um mundo onde a democracia seja restaurada e o povo seja respeitado como soberano em uma república democrática, enquanto convivemos em cooperação”, disse ele em um palco onde estava acompanhado por sua esposa, Kim Hye-kyung.
Quem é o novo presidente da Coreia do Sul
Lee Jae-myung, de 61 anos, tem uma presença dominante no cenário político da Coreia do Sul desde 2022, quando perdeu a eleição presidencial para Yoon Suk Yeol por uma margem mínima de 0,73 ponto percentual. Antes disso, ele foi conhecido como prefeito de Seongnam e, posteriormente, governador da província de Gyeonggi.
De opositor a presidente (JNN)
Desde 2022, ele foi eleito membro da Assembleia Nacional pelo distrito de Gyeyang-B, em Incheon, e serviu dois mandatos consecutivos como líder do Partido Democrata, dito liberal no seu país, sobrevivendo à aprovação pelo parlamento de uma moção de prisão contra ele, a um ataque com faca em seu pescoço e a uma condenação por violar a lei eleitoral.
Apesar de ter enfrentado cinco julgamentos por 12 acusações — todas ainda em andamento — e de ser acusado, sem provas, de ter desempenhado um papel na morte de pelo menos cinco pessoas ligadas aos seus julgamentos, Lee conquistou um grande número de seguidores dentro e fora da política.
Suas fãs eram chamadas de “gaettal”, abreviação de “filhas da reforma”, enquanto grupos de confidentes se formavam com base em diferentes períodos de sua vida, como seus ex-alunos da universidade, assessores durante seus mandatos como prefeito e governador, e legisladores de antes e depois de sua liderança partidária.
Em seu próprio partido, sua posição passou de um político marginal, marginalizado por aqueles alinhados ao ex-presidente Moon Jae-in, para um candidato presidencial incomparável, cujo status era confirmado pelo apelido “eodaemyeong” — abreviação de “O presidente será Lee Jae-myung de qualquer maneira”.
Mas a ascensão de Lee ao mais alto cargo político da Coreia do Sul foi selada quando Yoon fez uma declaração surpresa de lei marcial em 3 de dezembro.
Enquanto transmitia sua mensagem ao vivo no YouTube, Lee correu para a Assembleia Nacional naquela noite e pediu aos cidadãos que o ajudassem a “defender a nação”.
Diante de um bloqueio policial, ele escalou os muros do complexo da Assembleia Nacional e também transmitiu a mensagem ao vivo, obtendo 2,4 milhões de visualizações na ocasião.
Apoiadores comemoram vitória de Lee Jae-myung (JNN)
Fontes: News Digest, JNN e Yonhap News Agency
