Foto ilustrativa de centro cirúrgico (PM)
O grupo gestor dos hospitais universitários nacionais do Japão revelou que no último ano fiscal o déficit foi recorde, de 28,5 bilhões de ienes. Quase 70% deles estão no vermelho, o que põe em risco a continuidade.
O que está acontecendo no coração do mundo médico, nessas instituições que oferecem cuidados médicos avançados e também são responsáveis por treinar médicos e enviá-los aos hospitais locais?
A Conferência Nacional de Diretores de Hospitais Universitários, composta pelos diretores dos 44 hospitais afiliados das universidades nacionais de todo o país, realizou uma coletiva de imprensa em Tóquio na quarta-feira (9) e anunciou os resultados financeiros preliminares do ano passado.
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De acordo com o relatório, os 44 hospitais registraram um prejuízo operacional de 28,5 bilhões de ienes no último ano fiscal, o maior de todos os tempos.
No ano fiscal anterior, o de 2023, o grupo registrou um prejuízo de cerca de 6 bilhões de ienes. Nessa ocasião, foi a primeira vez que ficou no vermelho, mas desta vez o declínio foi ainda maior.
Embora a receita tenha aumentado em 54,7 bilhões de ienes em comparação ao ano fiscal anterior, as despesas médicas, como o custo de produtos farmacêuticos e materiais, bem como os custos trabalhistas, aumentaram em um total de 77,2 bilhões de ienes, o que significa que a renda proveniente de consultas e outras fontes não está acompanhando o aumento dos preços e dos custos trabalhistas.
Importantíssima missão dos hospitais universitários nacionais
Foto ilustrativa de pesquisa no laboratório (PM)
Os hospitais universitários nacionais têm a missão de tratar doenças incuráveis, fazer pesquisas avançadas e fornecer cuidados médicos avançados, mas tratamentos que usam medicamentos caros, que custam dezenas de milhões de ienes, e cirurgias que usam robôs, geram altos custos operacionais e de gestão. Um aspecto do atendimento médico avançado é que “quanto mais você faz, maior é o prejuízo“, disse um deles, então as dificuldades financeiras são sempre um problema.
São 29 instituições, quase 70% do total, em risco, sob ameaça de continuidade de suas operações como hospitais universitários. “Estamos chegando ao nosso limite” ou “alguns hospitais podem falir“, disseram os médicos angustiados.
Seiji Ohtori, presidente da Associação Nacional de Diretores de Hospitais Universitários, expressou um sentimento de crise, afirmando: “Na área médica, estão surgindo problemas, como a incapacidade de comprar novos equipamentos médicos ou modernizar instalações obsoletas.
Se continuarmos não tendo apoio, os hospitais universitários, sem dúvida, irão à falência“.
Fontes: NHK e Sankei
