
Remédio para Alzheimer tem custo-benefício questionado no Japão (ilustrativa/banco de imagens)
O Japão deve reduzir o preço do lecanemab, um medicamento para Alzheimer codesenvolvido pela Eisai, farmacêutica do Japão, e pela Biogen, dos Estados Unidos.
A decisão segue um relatório de um painel do Ministério da Saúde que apontou a baixa relação custo-efetividade do medicamento.
Com base no relatório de avaliação, o ministério deve cortar o preço oficial do medicamento em até 15%, partindo do valor atual de cerca de ¥3 milhões por paciente ao ano.
Artigos relacionados
O relatório, apresentado ao Conselho Central de Seguro Social Médico, que assessora o ministro da Saúde, na quarta-feira (9), destacou que o lecanemab tem menor custo-efetividade em comparação com medicamentos convencionais para Alzheimer, como o donepezil.
A margem do corte de preço esperado será decidida formalmente após o conselho discutir o impacto do lecanemab na redução dos custos dos serviços de cuidados públicos.
O lecanemab é inovador porque remove proteínas anormais que se acumulam no cérebro dos pacientes, retardando, assim, a progressão da doença.
Com o número de pacientes com demência previsto para aumentar rapidamente devido ao envelhecimento da população, há preocupações de que o custo elevado do medicamento possa pressionar as finanças dos programas de seguro público de saúde do país.
A Eisai contestou o relatório do painel do ministério, argumentando que a análise subestimou a custo-efetividade do lecanemab.
Enquanto ressaltava que a empresa e o painel usaram modelos analíticos diferentes, a Eisai enfatizou que sua análise reflete melhor o valor do medicamento.
Fonte: Japan Times







