Herdeiro de seita japonesa causa alerta e restrições são ampliadas (ilustrativa/banco de imagens)
A Agência de Inteligência de Segurança Pública (PSIA) do Japão identificou o segundo filho de Shoko Asahara, fundador da extinta seita Aum Shinrikyo, como o líder de fato da Aleph, grupo considerado sucessor da Aum. A informação foi divulgada na terça-feira (22).
O filho de 31 anos, que não foi nomeado publicamente, estaria envolvido na tomada de decisões organizacionais e liderando as operações da Aleph, conforme informou a PSIA em comunicado. A agência está implementando medidas para endurecer as restrições às atividades do grupo.
Chizuo Matsumoto, conhecido como Shoko Asahara, foi executado em 2018 depois de coordenar uma série de crimes mortais, incluindo o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995, que causou 14 mortes e feriu milhares.
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Extensão por mais seis meses das restrições atuais à Aleph
A PSIA também solicitou à Comissão de Exame de Segurança Pública a extensão por mais seis meses das restrições atuais à Aleph, que incluem a proibição do uso de instalações. A medida é fundamentada na lei que regula organizações responsáveis por assassinatos em massa indiscriminados, apontando a falha do grupo em cumprir suas obrigações de relatório.
Como parte desse pedido, as autoridades buscaram proibir o uso das 16 instalações do grupo em todo o país e designaram a residência do segundo filho e de sua mãe, viúva de Matsumoto de 66 anos, na cidade de Koshigaya (Saitama), como uma nova instalação da Aleph, chamada de “Instalação Shin-Koshigaya”.
A agência busca compelir a dupla a revelar a finalidade e as atividades do imóvel. A PSIA formalmente identificou a mãe como membro da Aleph, atuando em uma capacidade de supervisão para auxiliar seu filho.
Esta é a primeira vez que o segundo filho é oficialmente designado como membro da organização. As autoridades estão cada vez mais cautelosas com sua crescente influência.
Matsumoto havia designado seu segundo filho como um de seus sucessores ainda em vida
De acordo com a agência e fontes relacionadas, desde cerca de 2014, o filho estaria envolvido nos processos decisórios e cerimônias rituais da Aleph. Por volta de 2017, ele começou a se referir a si mesmo como um “guru de segunda geração”.
Em 26 de março, oficiais da PSIA tentaram realizar uma inspeção no local, mas tiveram a entrada negada. A Polícia Prefectural de Saitama, agindo sob uma denúncia criminal da agência, posteriormente invadiu a residência e descobriu vários milhões de ienes em dinheiro.
As autoridades estão investigando a origem dos fundos e suspeitam que a Aleph possa estar fornecendo suporte financeiro ao lar. Até o fim de abril, a Aleph contava com pelo menos 1.190 seguidores, de acordo com a PSIA.
O grupo tem observado um desaquecimento nos esforços de recrutamento nos últimos anos, atribuído ao aumento das restrições ao uso de suas instalações e à saída de membros seniores.
Fonte: Japan Today
