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Impactos do acordo tarifário de 15% nas indústrias de Tokai

| Economia

Embora a tarifa de 15% tenha dado um certo alívio, para as indústrias da região Tokai ainda é um desafio, pois há questões a serem resolvidas com as montadoras.

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Konishi Sangyo - Empregos no Japão
indústrias

Trabalhadores (PM)

As indústrias de peças da região Tokai estão em um clima de otimismo cauteloso em relação ao impacto do acordo da tarifa de 15% entre os Estados Unidos e o Japão.

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Especialmente no setor automotivo japonês, há perspectiva que sugere que a indústria automobilística pode absorver esse aumento, dado o valor atual do iene, na casa dos ¥146, e o potencial de manter os níveis de produção e salários

Em contraste, há também a preocupação de um fabricante de autopeças na província de Aichi, que considera a taxa de 15% ainda elevada e expressa apreensão sobre suas consequências a longo prazo para a indústria em geral.

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Embora a taxa de 15% de imposto tenha sido considerada alta em comparação com os 25% originais, e até mesmo por algumas empresas do setor, as perspectivas e impactos nas indústrias, especialmente na automotiva, são um misto de otimismo cauteloso.

Afinal, a notícia do acordo de 15% levou a um grande aumento nos preços das ações no mercado de Tóquio na quarta-feira (23), com o Nikkei subindo 1396 ienes.

As ações de montadoras tiveram altas significativas, como as da Toyota e Mazda.

Um especialista da Mitsubishi UFJ Research & Consulting, Hiroaki Tsukada, explicou que o mercado estava precificando o pior cenário (tarifas mútuas de 25% ou tarifa automotiva de 27,5%), e a resolução para 15% foi uma melhora considerável, levando à alta das ações.

Indústrias de Tokai: tarifa ainda é ‘relativamente alta’

Industrias de Tokai avaliam impacto da tarifa de 15 2

Trabalhadora no setor automotivo (PM)

As indústrias da região Tokai não esperam uma queda acentuada na produção doméstica, o que sugere que um certo nível de produção pode ser mantido.

Em relação aos salários, é possível que os aumentos ainda sejam mantidos, assim, a perspectiva não é tão pessimista.

Uma das questões preocupantes é quem arcará com a redução de lucros das montadoras: se é a própria Toyota, por exemplo, ou se parte do fardo será transferida para os fabricantes de peças.   

Apesar do alívio geral, Tetsuya Kimura, presidente de uma indústria de peças automotivas na cidade de Hekinan (Aichi), expressou que, embora 15% seja melhor que 25%, a taxa ainda é “relativamente alta”.

Ele também levantou a preocupação sobre quanto tempo a tarifa de 15% realmente durará, indicando uma incerteza sobre a estabilidade a longo prazo.

Outra preocupação para o Japão é a relação entre os Estados Unidos e a China. 

Tarifas sobre a China preocupam os fabricantes

Se tarifas altas sobre a China forem mantidas, isso poderia levar à estagnação da economia chinesa, o que impactaria negativamente as exportações do Japão para a China.

Embora o acordo de 15% seja o padrão atual, a natureza do presidente Trump torna o futuro incerto, e não há garantia de quanto tempo essa taxa permanecerá.

Em resumo, a indústria automotiva e a economia japonesa veem o acordo de 15% como um alívio da incerteza e do pior cenário, e a atual taxa de câmbio favorável ajuda a absorver o custo. Há otimismo sobre a capacidade de manter a produção e até permitir algum aumento salarial.

No entanto, permanecem preocupações com o impacto nos fornecedores de peças, a duração da tarifa e os desafios mais amplos nas relações comerciais globais, especialmente com a China.

Fontes: Tokai TV e NHK


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