Após o recente caso de um vietnamita que foi preso por latrocínio, na província de Saga, veio à tona novamente a tese que a residência ilegal pode levar alguns estrangeiros a cometer crimes.
O então sistema de estagiário técnico será substituído pelo de “desenvolvimento no emprego”, com permanência de 2 anos na empresa. O novo sistema permite que mudem de emprego, embora o governo tenha preocupações de que eles se desloquem e se concentrem nas áreas urbanas.
De acordo com estatísticas sobre residentes estrangeiros, no fim de 2024, o total é de 456.595 pessoas, sendo que os vietnamitas representam a maior fatia, de 46%.
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Em relação a eles, foi apontado que, como vivem em dormitórios ou alojamentos com outros compatriotas, trabalham nos mesmos locais e não sentem necessidade de aprender japonês, acabam formando uma “sociedade própria” dentro da sociedade, e que não se encaixam com a japonesa.
Por outro lado, há uma tendência contínua de trabalhadores estrangeiros, os estagiários, que fogem em busca de melhor tratamento. Dos 9.753 estagiários que fugiram em 2024, 5.481 eram vietnamitas, o que representa aproximadamente 56%. Os que fogem podem ter seu status de residência revogado e podem se tornar ilegais.
Também foi apontado que existe um ciclo vicioso em que eles se juntam a organizações por meio de mídias sociais chamadas “Bo Doi”, que significa “unidade” em vietnamita, e depois se voltam para o crime.
Diferente dos brasileiros, peruanos, filipinos e outros que têm visto por serem descendentes de japoneses, mesmo que saiam de um emprego ou sejam demitidos, encontram recolocação. No caso dos ex-estagiários, se fugirem da empresa, não podem ser contratados por outra, o que os coloca à margem da sociedade.
De acordo com o boletim “Situação do Crime Organizado em 2024” da Agência Nacional de Polícia do Japão (NPA), dos 6.368 estrangeiros que cometeram crimes, 986 eram estagiários ou ex-estagiários. Destes, 647 eram vietnamitas, representando aproximadamente 10% dos criminosos estrangeiros.
Fonte: Sankei Shimbun
