
Lula, Moraes e Bolsonaro (Wikimedia)
Assim que a notícia da sanção dos EUA contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi divulgada pela imprensa no Brasil, na tarde de quarta-feira (30), no horário de Brasília, as redes sociais foram tomadas por comentários, uns fervorosamente contra e outros aliviados e esperançosos.
“Impressionante, primeiro, que o Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo tenham essa influência [na Casa Branca]. Tudo o que eles estão dizendo, acontece (…)”, disse um jornalista da Globo News, logo após a notícia da sanção dos EUA.
Solidariedade a Moraes após a sanção dos EUA
Os defensores de Alexandre de Moraes e do Partido dos Trabalhadores (PT) criticaram severamente a essa sanção dos EUA aplicando a Lei Magnitsky.
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“Minha solidariedade pessoal ao ministro Alexandre de Moraes. Ele está apenas fazendo o seu trabalho, de modo honesto e dedicado, conforme a Constituição do Brasil. E as suas decisões são julgadas e confirmadas pelo COLEGIADO competente (Plenário ou 1.Turma do STF)”, declarou o ministro do STF Flávio Dino.
Já o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, repudiou nesta quarta-feira (30) a decisão da sanção dos EUA contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (STF) com base na Lei Magnitsky. Segundo Messias, a decisão é “arbitrária e injustificável”.
“O Brasil é, mais uma vez, vítima de ação temerária e covarde do governo dos EUA, por influência do clã Bolsonaro, contra sua soberania, ao “punir” o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, através da Lei Global Magnitsky — uma lei absurda criada na gestão de Barack Obama, que visava punir cidadãos da Rússia por violações aos direitos humanos e corrupção. Dois temas que, por si só, dizem muito sobre a demagogia e a contradição dos EUA frente ao mundo e aos cidadãos estrangeiros. Tal lei, destinada aos russos, virou lei global, agora usada de forma canalha contra uma alta autoridade brasileira”, destacou o advogado civilista Arnóbio Rocha, em sua coluna publicada logo após a sanção, no Brasil 247.
Direita do Brasil comemora a sanção dos EUA e clama para as manifestações

Motociata de terça-feira (29) em Brasília (Desiree Rugani no X)
Os deputados da direita reforçam o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, com a Lei Magnitsky. Mas, ainda é incerto se os demais ministros do STF, temendo serem alvos dessa ação dos EUA, poderão recuar nos julgamentos de diversas pessoas acusadas de atentado de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O deputado em licença, Eduardo Bolsonaro, em uma publicação no X, destacou: “Pela primeira vez, o arquiteto da censura, da repressão política e da perseguição judicial no Brasil enfrenta consequências concretas — passa agora a integrar a lista infame de violadores de direitos humanos sancionados pelo mundo, como o ditador Nicolás Maduro”.
Em outro post, destacou: “Eurodeputado polonês @D_Tarczynski provoca União Européia para seguir a ação de @realDonaldTrump e igualmente sancionar Moraes”.
O dono da plataforma Rumble, Chris Pavlovski, que foi prejudicado por Moraes, também postou: “Finalmente temos um governo protegendo empresas americanas como a Rumble e a liberdade de expressão. Há dois anos, nunca imaginei que veríamos um dia como este, mas sou eternamente grato por estarmos aqui”.
“A aplicação da Lei Magnitsky por parte dos EUA representa um marco na denúncia internacional contra abusos de autoridade no Brasil. É simbólico, e contundente, que uma das maiores democracias do mundo tenha reconhecido os sinais alarmantes de autoritarismo vindos de nossa própria Suprema Corte, especialmente de Moraes“, escreveu o deputado Nikolas Ferreira no X.
“Chegou o dia em que Alexandre de Moraes provaria do seu próprio veneno“, destacou o deputado Marcel van Hattem, em vídeo.
Com essa sanção dos EUA contra Moraes, é certo que as manifestações em todas as capitais brasileiras e outras cidades, marcada para 3 de agosto, sob a bandeira “Fora Lula e Moraes”, sejam muito maiores do que o inicialmente previsto.
Fontes: X, Brasil 247, Diário de Pernambuco e Agência Brasil







