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O Japão enfrenta um novo desafio com a disseminação da variante nimbus do coronavírus, que provoca uma forte dor de garganta, descrita como se as pessoas tivessem engolido uma lâmina de barbear.
Apelidada de ‘nimbus’, esta nova cepa derivada da variante ômicron aumentou significativamente o número de casos de covid-19 em todo o país, especialmente durante a tradicional temporada de retorno do feriado de Obon.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número médio de pacientes por instituição médica foi de 5,53 durante a semana de 28 de julho a 3 de agosto, mantendo uma tendência de aumento por sete semanas consecutivas.
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Apesar de os números atuais serem mais baixos que o ano anterior, quando registravam-se 13,3 pacientes por instituição na mesma época, a ameaça contínua da variante nimbus não pode ser subestimada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante nimbus como uma ‘variante sob vigilância’. Segundo análises de genoma realizadas em meados de julho, cerca de 40% dos casos de covid-19 no Japão foram atribuídos à cepa nimbus.
“Houve um aumento notável de pacientes reclamando de dor de garganta desde agosto”, observa Takeshi Terashima, professor da Universidade Dental de Tóquio.
Além da dor de garganta, os sintomas da variante nimbus incluem febre, tosse e coriza, semelhantes aos da covid-19 tradicional. A dor intensa na garganta é particularmente proeminente nos primeiros dias e tende a suavizar após algum tempo.
Os especialistas destacam a importância da ventilação adequada em espaços fechados para minimizar a propagação do vírus, principalmente considerando que o verão e o uso de ar-condicionado podem causar a confusão dos sintomas iniciais.
Embora a variante nimbus compartilhe o mesmo risco de agravamento da doença com suas antecessoras, as tradicionais medidas preventivas, como higienização das mãos, uso de máscara e evitar contato com indivíduos de alto risco, continuam eficazes.
“Em caso de quaisquer alterações no estado de saúde, é crucial evitar esforços, abster-se de atividades externas e procurar assistência médica o mais rápido possível,” aconselham os especialistas.
Fonte: Nikkei







