Moradores divididos entre eliminação e convivência. Legislação permite uso de armas contra animais em áreas urbanas (imagem ilustrativa/PM)
Um número crescente de avistamentos e ataques de ursos tem preocupado comunidades em todo o Japão, com 55 pessoas feridas até o final de julho.
As ocorrências se igualam ao ritmo de incidentes registrados em 2022, o pior ano já documentado, destacando a urgência das contramedidas.
Enquanto alguns exigem a eliminação rápida dos ursos, críticos argumentam que o foco deveria ser a convivência e medidas preventivas.
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Especialistas alertam que o lixo doméstico é um fator principal que atrai ursos para mais perto dos assentamentos humanos
Na cidade de Fukushima, onde um entregador de jornal foi atacado e morto em julho, ursos estavam vasculhando resíduos de alimentos dias antes.
Após adquirirem o gosto por resíduos humanos, especialistas afirmam que eles retornam persistentemente, aumentando os riscos de ataques.
Governos locais estão trabalhando para fortalecer as defesas
Regras sobre a disposição de lixo, cercas elétricas e limpeza de vegetação estão sendo reforçadas, mas os moradores dizem que os municípios não podem gerir sozinhos.
“Uma vez que ursos se fixam, eles entram em áreas residenciais repetidamente“, explicou um pesquisador. “Medidas preventivas requerem financiamento e pessoal além do que os funcionários locais podem lidar”.
A política também está mudando
A partir de setembro, uma legislação revisada permitirá que os municípios autorizem o uso de armas de fogo contra ursos que entram em áreas residenciais ou estradas, uma decisão que anteriormente requeria aprovação policial. Ainda assim, o peso do julgamento deve recair sobre os governos locais.
Opinião pública permanece dividida
Alguns moradores insistem que o abate é necessário quando os ursos representam uma ameaça à vida humana, enquanto outros argumentam que os humanos são culpados por invadir habitats de ursos através do desmatamento e desenvolvimento.
As autoridades também enfrentaram reações negativas
O governo de Hokkaido relata receber queixas abusivas, muitas de fora da província, acusando o pessoal de matar ursos indiscriminadamente.
Os funcionários dizem que esse assédio está interrompendo as operações. Comentadores alertam que, embora as respostas emocionais sejam compreensíveis, a intimidação do pessoal equivale a assédio ao cliente e corre o risco de comprometer os esforços de segurança pública.
Dinâmica das interações entre humanos e ursos foi remodelada
Sociologistas observam que as mudanças climáticas, a perda de habitat e o declínio das florestas remodelaram a dinâmica das interações entre humanos e ursos.
Com a probabilidade dos encontros aumentarem, especialistas pedem uma abordagem dupla: respostas de emergência rápidas quando vidas humanas são ameaçadas, juntamente com investimentos a longo prazo em medidas preventivas.
Fonte: TBS
