Tarifa de Trump causa suspensão de envio de encomendas do Japão (imagem ilustrativa/PM)
Em um sinal de como as imposições tarifárias do presidente Donald Trump podem impactar pequenos negócios e indivíduos, o Japan Post (Correios) anunciou que suspenderá o envio de alguns pacotes pequenos para os Estados Unidos devido às novas tarifas impostas pelo governo dos EUA.
O serviço dos Correios deixará de aceitar pacotes que incluam bens de consumo para venda ou presentes no valor superior a US$100 (¥13 mil) a partir de quarta-feira (27), após os Estados Unidos revogarem sua isenção tarifária sobre pacotes de valor inferior vindos de todo o mundo, conforme comunicado em seu site.
“Não está claro quais são os processos apropriados para empresas de transporte e serviços postais sob as novas diretrizes, o que torna a operação extremamente difícil. Portanto, estaremos suspendendo a aceitação de pacotes menores’, informou o comunicado.
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Os consumidores dos EUA podiam comprar produtos baratos do exterior sob o que era chamado de isenção de minimis, permitindo que pacotes menores fossem enviados para o país sem tarifas.
Essa isenção tarifária foi revogada em 2 de maio para a China e agora também foi anulada para o resto do mundo em uma ordem presidencial assinada em 30 de julho com o propósito de prevenir a entrada de drogas ilegais como o fentanil.
A decisão do Japan Post alinha-se com outros serviços postais nacionais que temporariamente suspenderam seus serviços de remessa para os EUA, incluindo Reino Unido e a Austrália.
Por enquanto, o Japan Post continuará oferecendo um serviço separado para entregas aos EUA que cumpre as regras alfandegárias americanas, embora com custos significativamente maiores.
Uma pesquisa recente sobre usuários do site de comércio eBay mostrou que itens de moda, produtos colecionáveis, incluindo cartas de troca, bem como autopeças estavam entre os produtos japoneses que vendiam bem nos Estados Unidos, de acordo com um relatório da organização de comércio japonesa Jetro.
A mesma pesquisa revelou que mais de 80% dos entrevistados estavam considerando entrar em mercados diferentes dos EUA como resposta às medidas tarifárias americanas.
Fonte: ST
