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Nível máximo do índice Nikkei: 'Não é uma bolha', dizem investidores

| Economia

Investidor acredita que o recente recorde do índice Nikkei não se deve a uma sobrevalorização, mas sim ao aumento global das ações causado pela inflação.

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20250915 nikkei

Imagem Ilustrativa

O índice Nikkei atingiu seu recorde histórico em agosto deste ano, mas os especialistas não acreditam que isso reflita uma bolha econômica.

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O renomado investidor japonês “cis”, conhecido por sua influência no mercado de ações japonês, comentou em entrevista ao Nikkei que a valorização das ações foi impulsionada pela inflação global e não por um aumento no valor intrínseco das ações japonesas. “Os japoneses ficaram para trás em comparação ao resto do mundo”, afirmou ele.

Com mais de 300 bilhões de ienes em ativos sob gestão, o investidor possui um impacto significativo tanto no mercado quanto nas redes sociais. Ele argumenta que o excesso de dinheiro no cenário internacional tem inflacionado as ações.

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“Quando comecei no mercado, ter algo entre 100 e 200 milhões de ienes já fazia de você um ‘milionário do mercado’. Hoje, o valor para ser considerado relevante é de 5 bilhões de ienes, o que mostra o excesso de dinheiro disponível“, destacou.

Mesmo com esses acontecimentos, a recente alta do Nikkei não teve o mesmo fervor que a bolha econômica vista há 34 anos.

A aposentadoria do Primeiro-Ministro Shigeru Ishiba no início de setembro contribuiu para a subida das ações, levando o Nikkei a bater recordes em sequência de 10 a 12 deste mês. No entanto, o mercado não aparenta estar tão fervoroso quanto em 2024.

De acordo com Shinichiro Yamagami, responsável pelas vendas de ações japonesas na BofA Securities, há uma entrada significativa de capital em ações através de fundos indexados, o que mecanicamente eleva as ações japonesas, mesmo sem grande entusiasmo por parte dos investidores locais.

Ao mesmo tempo, investidores iniciantes no Japão estão começando a se voltar para as ações locais como alternativa aos mercados estrangeiros.

Hiroshi Watanabe, da T. Rowe Price Japan, relata que tem havido um aumento no interesse de fundos de pensão estrangeiros nas ações japonesas desde fevereiro. “Muitas vezes, preciso explicar o básico, como os índices Nikkei e TOPIX”, comentou Watanabe.

Apesar de as ações estarem em alta, a economia japonesa não demonstra o impacto disseminado esperado por muitos.

O economista Koichi Fujishiro, da Dai-ichi Life Research Institute, aponta que as receitas corporativas e os preços das ações estão inflacionados, mas a maioria das famílias japonesas não possui ações e, portanto, são vulneráveis à inflação.

A recente alta da bolsa e o novo sistema de isenção tributária de investimentos pequenos (NISA) têm despertado interesse no mercado, ainda que muitos sentem que só o salário não é suficiente.

Eventos passados, como a bolha de investimento de 1929 nos EUA, mostram que o entusiasmo dos investidores pode preceder grandes oscilações. Contudo, a participação diversificada no atual mercado japonês sugere uma estabilidade maior, sem um otimismo exacerbado.

Fonte: Nikkei


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