
O North Safari Sapporo, em Hokkaido, fechou as portas devido a problemas de infraestrutura e dívidas (Wikimedia Commons/Yumezawa)
O North Safari Sapporo, um zoológico privado localizado na província de Hokkaido, encerrou suas atividades na terça-feira (30), após 20 anos de funcionamento, deixando cerca de 300 animais, incluindo leões e lobos, sem um plano confirmado de relocação.
Até as últimas horas, visitantes se aglomeraram no zoológico, enquanto famílias recordavam experiências únicas, como alimentar leões e acampar próximo aos recintos, expressando preocupação com o futuro dos animais.
Zoo mais perigoso do Japão
Fundado em 2005, o zoológico ganhou fama como o “mais perigoso do Japão”, atraindo mais de dois milhões de visitantes com encontros interativos que variavam de alimentar predadores a manusear cobras.
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No entanto, desde o início, foi construído sem a aprovação da cidade, o que levou a orientações administrativas repetidas e, por fim, a uma decisão de seu operador, a Success Tourism, de fechar as portas até o final de setembro e desmantelar todas as 118 estruturas até 2029.
No último dia de funcionamento, a cidade de Sapporo confirmou que 319 dos 640 animais ainda estavam no local, incluindo os chamados “animais específicos”, como leões, que representam riscos potenciais para os humanos.
A obtenção de instalações de relocação mostrou-se difícil, e as autoridades não divulgaram seus destinos. No dia 30, líderes da comunidade local solicitaram aos funcionários municipais que reforçassem o monitoramento tanto das estruturas ilegais quanto do manejo dos animais.
Desculpas e agradecimentos
O operador emitiu um comunicado em seu site, pedindo desculpas por desapontar os apoiadores de longa data e agradecendo pelo incentivo durante duas décadas, ao mesmo tempo em que destacou que os custos com cuidados dos animais estavam sendo sustentados por doações e que as negociações de realocação estavam em andamento.
Em janeiro de 2024, a Success Tourism adquiriu terras próximas com o objetivo de transferir os animais para lá, mas o local se encontra em uma zona regulada onde novas construções não podem ser autorizadas até que as estruturas ilegais atuais sejam removidas.
Funcionários da cidade afirmaram que instruíram a empresa a apresentar, até o final de outubro, um plano detalhado para a relocação dos animais.
Fonte: HBC







