
Estudo identificou que mulheres possuem quase o dobro de marcadores genéticos associados à depressão em comparação com homens (imagem ilustrativa/PM)
Um estudo conduzido por pesquisadores australianos revelou que as mulheres possuem um risco genético significativamente maior de desenvolver depressão clínica em comparação aos homens.
Publicado na quarta-feira (8), o estudo analisou o DNA de quase 200 mil pessoas com depressão, identificando “bandeiras” genéticas comuns.
Mulheres apresentaram quase o dobro de marcadores genéticos associados à depressão
De acordo com o projeto liderado pelo Berghofer Medical Research Institute da Austrália, as mulheres apresentaram quase o dobro de marcadores genéticos associados à depressão em comparação com os homens.
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A pesquisadora Jodi Thomas afirmou que “o componente genético da depressão é maior em mulheres do que em homens”. Esta análise detalhada dos fatores genéticos compartilhados e únicos entre gêneros pode levar a tratamentos mais personalizados.
Embora já se soubesse que a depressão é mais comum em mulheres, as causas biológicas ainda permanecem em grande parte um mistério.
Depressão clínica afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo
Os pesquisadores identificaram cerca de 13 mil marcadores genéticos relacionados à depressão em mulheres, comparados a 7 mil nos homens. Essas mudanças genéticas podem afetar vias biológicas ligadas ao metabolismo ou à produção hormonal.
“Encontramos algumas diferenças genéticas que podem ajudar a explicar por que as mulheres com depressão frequentemente apresentam sintomas metabólicos, como alterações de peso ou níveis de energia alterados”, disse Thomas.
Brittany Mitchell, outra pesquisadora do estudo, enfatizou que as descobertas podem mudar a forma como a depressão é tratada em mulheres, já que a pesquisa anterior foi predominantemente focada em homens.
A depressão clínica, ou distúrbio depressivo maior, é um dos transtornos mentais mais comuns no mundo, afetando mais de 300 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications.
Fonte: JT







