Fujiarte - Empregos no Japão - Trabalhe com segurança
Fujiarte - Empregos no Japão - Trabalhe com segurança

Alerta de risco: endividamento das famílias brasileiras atinge nível recorde em 2025

| Brasil

Enquanto o governo brasileiro se gaba da redução da pobreza, os dados mostram que as famílias estão com inadimplência em nível recorde dos últimos 20 anos, por causa de dívidas.

Ouça a notícia:
Konishi Sangyo - Empregos no Japão
famílias

Foto ilustrativa (PM)

O cenário financeiro das famílias brasileiras atingiu um ponto crítico em setembro de 2025. O percentual de lares com dívidas a vencer – incluindo cartão de crédito, empréstimos e prestações de bens – alcançou 79,2%, o maior nível registrado desde outubro de 2022 e resultado de um avanço contínuo desde fevereiro.

Publicidade
Empregos estáveis no Japão - UT SURI-EMU

Acompanhando essa alta, a percepção do problema também se agravou: 16,1% das pessoas se consideram “muito endividadas”, uma taxa próxima ao recorde histórico, o que reflete a visão subjetiva, mas preocupante, do consumidor brasileiro sobre sua saúde financeira.

Este endividamento crescente veio acompanhado de um aumento drástico na inadimplência, o maior nível desde 2010, quando começaram as pesquisas.

Artigos relacionados

Acompanhe o Portal Mie

O percentual de famílias com contas em atraso atingiu 30,5%, renovando o maior nível da série histórica. Mais alarmante ainda é a projeção futura: 13,0% das famílias afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas atrasadas, um recorde que, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), “aponta um quadro de crescente fragilidade financeira”. Este cenário se reflete também nos dados do Banco Central, que apontam um volume de crédito em atraso com recursos livres de R$ 151 bilhões, o maior montante já contabilizado.

Famílias com dívidas em atraso chegam a quase 50%

A alta dos juros e as condições de crédito mais rígidas têm levado as instituições a reduzir os prazos de pagamento. Contudo, essa medida tem um efeito colateral grave: o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias avançou para 48,7%, renovando o maior nível do ano.

Além disso, a proporção de consumidores que têm mais da metade de seus rendimentos comprometidos com o pagamento de dívidas subiu para 18,8%. Mesmo com a maioria (55,8%) comprometendo entre 11% e 50% da renda, o percentual médio de comprometimento alcançou um patamar significativo de 29,3%.

A crise financeira não poupa faixas de renda, embora o aumento do endividamento tenha sido mais notável entre as famílias com renda de até 3 salários mínimos (R$ 4.554,00). 

No entanto, a inadimplência também cresceu significativamente nas classes mais altas, com o grupo acima de 10 salários se destacando no aumento da falta de condições de pagar as dívidas atrasadas. As projeções da CNC são desanimadoras, indicando que o endividamento e a inadimplência devem continuar avançando nos próximos meses, sinalizando que o Brasil deve fechar 2025 com as famílias significativamente mais frágeis em comparação aos anos anteriores.

Fontes: Portal do Comércio e PEIC


+ lidas agora

>>

Vamos Comentar?

logo