
Os dois líderes, Yoshimura do JIP e Takaichi do PLD, exibem o acordo firmado (FNN)
Em um movimento político significativo, o Partido Liberal Democrata (PLD) e o Partido da Inovação do Japão (JIP) ou Isshin, assinaram na segunda-feira (20) um acordo de coalizão para estabelecer um governo para fortalecer a economia do país.
A coalizão poderá fazer com que Sanae Takaichi, atual líder do PLD, tenha votos quase suficientes para vencer a eleição parlamentar na câmara baixa do Parlamento, na terça-feira (21).
A coalizão histórica, intitulada “Acordo de Coligação entre o PLD e JIP”, destaca a necessidade de enfrentar a atual situação desafiadora do país tanto interna quanto externamente. O pacto visa criar um governo estável que possa superar as crises nacionais e promover o renascimento do Japão.
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Entre as prioridades estabelecidas estão a promoção de políticas que fortaleçam a segurança nacional, consolidando o arquipélago japonês como uma “nação orgulhosa e autônoma”. A coalizão promete impulsionar reformas nas áreas internas e externas visando o crescimento econômico e a segurança.
Além disso, reforçar a aliança entre Japão e Estados Unidos é visto como essencial para manter a estabilidade estratégica no Extremo Oriente e contribuir para a segurança global. As mudanças nas políticas de segurança refletirão o compromisso de proteger os cidadãos e a independência do país de maneira realista.
Tanto o PLD quanto o JIP reconhecem a necessidade de melhorar as condições de vida através do crescimento econômico. As duas partes também concordaram em implementar uma abordagem fiscal responsável, enquanto promovem investimentos públicos e privados efetivos, visando resolver questões sociais complexas.
Reformas urgentes estão sendo priorizadas para resolver “lições de casa” acumuladas ao longo de 80 anos desde a Segunda Guerra Mundial, bem como os desafios econômicos dos últimos 30 anos, melhorando assim a vida dos cidadãos.
O acordo inclui planos para implementar rapidamente medidas econômicas em benefício dos cidadãos, além de promover reformas constitucionais, de segurança e sociais. Para garantir a implementação dessas políticas, será formada uma comissão de trabalho conjunto entre as partes.
O compromisso de criar um governo de coalizão foi reafirmado com a promessa de cooperação nas eleições para primeiro-ministro no Parlamento. Entre as políticas econômicas e fiscais, destaca-se a proposta de abolir o imposto de gasolina temporário e implementar rapidamente medidas para conter a alta dos preços durante a sessão do Parlamento.
A política de consumo analisará a não aplicação do imposto sobre os alimentos, incluindo bebidas, por dois anos, conforme promessa do PLD nas eleições. No entanto, a proposta de oferecer o benefício de 20 mil ienes em dinheiro a cada cidadão não será implementada.
Quanto à reforma constitucional, um conselho será estabelecido para debater emendas ao artigo 9 e disposições de emergência com o objetivo de apresentar propostas ao Parlamento no próximo ano. A criação de uma agência de inteligência externa independente e a elaboração de leis para prevenir espionagem também estão no plano.
Na área de energia, a coligação visa reativar com segurança as usinas nucleares e acelerar o desenvolvimento de reatores inovadores.
Coalizão e estrangeiros
A estratégia da coalizão para estrangeiros inclui o fortalecimento da sede do governo e a nomeação de ministros para lidar com as questões pertinentes, com base na crença de que medidas severas contra estrangeiros que não seguem as regras e leis também são importantes para que se integrem e contribuam para a sociedade japonesa.
Formular uma “estratégia populacional” até o ano fiscal de 2026, que estabeleça metas numéricas e diretrizes básicas para a aceitação de estrangeiros, incluindo a gestão quantitativa de residentes estrangeiros para evitar atritos com a sociedade caso a população estrangeira aumente.
Fortalecer as medidas para combater atividades ilegais envolvendo estrangeiros e fortalecer as bases institucionais, além de combater o uso indevido, o abuso e a má utilização de sistemas relacionados a estrangeiros.
Estabelecer o Comitê de Investimento Estrangeiro no Japão (uma versão japonesa do CFIUS americano) e também um projeto de lei para reforçar as restrições à aquisição de terras por estrangeiros e capital estrangeiro, durante a sessão ordinária da Dieta de 2026.
Fontes: Mainichi, FNN e NHK







