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Operação Contenção contra Comando Vermelho no Rio de Janeiro deixa 64 mortos em dia de terror

| Brasil

Uma operação gigantesca de combate ao crime organizado foi realizada em dois grandes complexos no Rio de Janeiro. O resultado foi mais de 100 presos, 64 mortos e apreensões de drogas e armas.

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Clima de guerra nos complexos contra Comando Vermelho (© Fernando Frazão/Agência Brasil)

Um dia de terror para os mais de 150 mil habitantes dos complexos da Penha e do Alemão, que passaram horas debaixo de tiros e explosões na Operação Contenção que afetou também todos aqueles que precisam transitar pelas principais vias da cidade, em diversos bairros da capital fluminense.

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Subiu para 64 o número de mortos na Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro (RJ), na terça-feira (28), horário de Brasília. Dois deles são policiais civis e, outros dois, do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).

Os criminosos da facção Comando Vermelho (CV) receberam ordens para fechar as principais vias da cidade. As pessoas foram mortas em tiroteio na área de mata do Complexo do Alemão. A informação é do Palácio Guanabara.

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A Polícia Militar colocou de prontidão toda a tropa. Mesmo o pessoal administrativo foi convocado a comparecer aos quartéis.

O número de presos já ultrapassa 100, muitos deles de uma facção criminosa do Pará, escondidos no Rio. Mais de 75 fuzis, além de pistolas e granadas, e drogas, foram apreendidos na ação até agora.

Tensão na operação: ruas e via expressa interditadas

Com a Operação Contenção, nos Complexos do Alemão e da Penha, zona norte da cidade, a Linha Amarela foi fechada.

Trata-se de uma das principais vias expressas da cidade que liga a Barra da Tijuca e Jacarepaguá ao outro lado da cidade, na Ilha do Governador, na zona norte, cortando dezenas de bairros. 

A Rio-Ônibus que administra os ônibus da cidade do Rio de Janeiro informou que mais de 50 coletivos foram usados como barricadas em diversos pontos da cidade. 

Nessa operação, os criminosos do Comando Vermelho usaram drones com bombas que foram jogadas contra os policiais.

‘Traficantes são vítimas dos usuários’

Em um discurso do presidente Lula, de 24 deste mês, ele cita que os “traficantes são vítimas dos usuários”. Depois, ele se arrependeu do que disse, mas todos os veículos de comunicação já haviam dado a notícia. 

Na linha de raciocínio do presidente, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) encaminhou ofícios ao Ministério Público e às polícias Civil e Militar cobrando explicações sobre as circunstâncias da Operação Contenção, deflagrada no início da manhã desta terça-feira (28).

Segundo a presidente da comissão, deputada Dani Monteiro (PSOL), a operação transformou as favelas do Rio “em cenário de guerra e barbárie”. 

Ao contrário da linha da esquerda, a “oposição lembrou que o governo federal ainda não enquadrou as principais facções criminosas do país como grupos terroristas”, segundo a Gazeta do Povo.

“Carlos Bolsonaro culpou o governo Lula, que não teve a iniciativa de enquadrar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como grupos terroristas”, escreveu a Gazeta do Povo.  

“O crime organizado está usando até drones com bombas mas, para Lula, a culpa é dos usuários“, ressaltou o deputado federal Deltan Dallagnol. 

Governador do Rio fala sobre falta de apoio do governo do país

Por outro lado, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reconheceu, nesta terça-feira (28), que a chamada Operação Contenção, que as forças de segurança do estado estão realizando nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense, excedeu os “limites e as competências” do governo estadual.

“Esta operação tem muito pouco a ver com segurança pública. Ela é uma operação de defesa. [Porque] esta é uma guerra que está passando os limites que o estado [do Rio de Janeiro] deveria estar defendendo sozinho.

Para uma guerra desta, que nada tem a ver com a segurança urbana, deveríamos ter um apoio muito maior. Neste momento, talvez até de Forças Armadas”, propôs Castro, se referindo ao poder bélico e financeiro das organizações criminosas. 

O Ministério da Defesa confirmou, por meio de nota, que, em janeiro deste ano, o governo do Rio de Janeiro solicitou que a Marinha fornecesse “apoio logístico” às forças de segurança estaduais, com o empréstimo de veículos blindados.

Segundo o ministério, o pedido foi submetido à análise da Advocacia-Geral da União (AGU), que indicou que a solicitação só poderia ser atendida com a decretação de uma GLO, o que exigiria um decreto presidencial.

Em entrevista na tarde desta terça, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que não recebeu pedido do governador do Rio de Janeiro para apoio à Operação Contenção.

Assista ao vídeo, já no ponto, sobre a fala do presidente Lula sobre o tráfico de drogas. 

Veja as apreensões feitas nessa operação nos dois complexos.

Fontes: Agência Brasil e Gazeta do Povo


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