
Foto de idosa meramente ilustrativa (PM)
A dura realidade da vida das pessoas da terceira idade dependentes apenas da pensão (aposentadoria) está se tornando um desafio crescente no Japão.
Muitos são forçados a estender suas carreiras ou buscar subempregos para complementar a renda que, em muitos casos, mal cobre os custos básicos de vida.
O drama financeiro se torna evidente no dia 15, data bimestral de pagamento das pensões. Em Chiba, um supermercado buscou amenizar a pressão oferecendo um desconto de 5% em quase todos os produtos, uma iniciativa voltada para clientes da terceira idade.
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Um casal entrevistado, cuja renda combinada de pensão é de cerca de 170 mil ienes por mês, expressou gratidão: “Mesmo uma pequena economia é valiosa em tempos de aumento nos preços”.
Da mesma forma, uma mulher de 85 anos, que vive sozinha com uma pensão de cerca de 100 mil ienes mensais, aproveitou a promoção para fazer compras em volume, economizando cerca de 500 ienes na ocasião.
Trabalho inevitável após a aposentadoria
Para muitos da terceira idade, trabalhar após a aposentadoria se tornou uma necessidade, e não uma opção.
Uma mulher de 71 anos, com uma pensão de menos de 50 mil ienes, continua empregada em “kaigo” ou cuidados assistenciais.

Foto ilustrativa de trabalho após a aposentadoria (PM)
Um homem de 78 anos complementa sua renda como gerente de um condomínio, somando um extra de 60 a 70 mil mensais.
Orçamento de sobrevivência na terceira idade
O cenário é ainda mais difícil para aqueles que não conseguem ou não podem trabalhar. Um homem na terceira idade, de 89 anos, vive apenas com sua aposentadoria de 125 mil ienes e, após descontar despesas fixas como aluguel, relata ter poupança zero.
Para se manter, ele corta custos drasticamente, principalmente com alimentação, vivendo com um orçamento diário apertado de cerca de 500 ienes.
Para ele e muitos outros da terceira idade, a vida modesta tornou-se uma forma de sobrevivência. Mesmo assim, ele encontra refúgio em um passatempo semanal: o karaokê.
“Apesar das dificuldades, cantar é um dos meus prazeres“, diz o aposentado de 89 anos, resumindo a situação de muitos idosos que lutam sob um sistema que, para eles, não oferece segurança financeira digna na velhice.
“Mesmo que eu seja pobre, contanto que eu consiga me sustentar de alguma forma, está tudo bem. A saúde é a coisa mais importante”, pontua.
Fonte: NNN







