
H5N1 em leite: Risco de infecção humana e medidas de prevenção (ilustrativa/banco de imagens)
Uma equipe de pesquisa da Universidade de Tóquio anunciou descobertas que mostram que o vírus H5N1 da gripe aviária pode permanecer infeccioso no leite refrigerado de vacas infectadas por mais de cinco meses.
Acredita-se que o leite de vacas infectadas tenha um efeito estabilizador único sobre o vírus, o que representa o perigo de uma maior propagação. Portanto, a adoção de medidas apropriadas é crucial.
A equipe do Centro de Preparação para Pandemias, Infecção e Pesquisa Avançada da Universidade de Tóquio (UTOPIA) manteve o leite de vacas infectadas a 4ºC por mais de 22 semanas, após as quais o vírus manteve sua infectividade e estabilidade.
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Enquanto isso, quando o vírus foi misturado com o leite de vacas não infectadas, ele se tornou indetectável após duas a três semanas.
Os pesquisadores levantaram a hipótese: “É possível que gordura, proteína e outros componentes do leite mudem durante a infecção, potencialmente protegendo o vírus”.
Pasteurização mantém eficácia contra o vírus persistente
No entanto, a pasteurização em alta temperatura permaneceu eficaz mesmo com o aumento da estabilidade do vírus. Aquecer o leite a 72ºC por 30 segundos, prática padrão nos EUA, resultou na perda da infectividade do vírus.
O diretor da UTOPIA, Yoshihiro Kawaoka, afirmou: “O consumo de leite não pasteurizado pode resultar em infecções até mesmo em humanos. Tal risco persiste por um longo tempo com o leite de vacas infectadas, então precisamos considerar contramedidas apropriadas”.
O vírus H5N1 da gripe aviária tem se espalhado globalmente desde 2020, e mais mamíferos estão se tornando suscetíveis a ele. A taxa de fatalidade para humanos é estimada em cerca de 50%.
Casos de transmissão para vacas leiteiras estão aumentando nos EUA, causando preocupação sobre a propagação do vírus para humanos por meio do leite.
Não há casos confirmados de transmissão do vírus para vacas ou humanos no Japão. As descobertas da equipe foram publicadas no New England Journal of Medicine.
Fonte: MN







